Milhares de mulheres foram às ruas dos EUA neste sábado protestar (14) pelo direito ao aborto, que está ameaçado pela Suprema Corte que pode rever a histórica decisão de 50 anos atrás que garantiu tal direito.
As manifestações foram convocadas pelo grupo Women's March e se deram praticamente em todos as regiões do EUA. Os atos são uma resposta ao vazamento na imprensa de um rascunho de decisão final em que a Suprema Corte dos EUA, que hoje é composta por uma maioria de conservadores, considera derrubar a decisão do caso Roe Vs. Wade, de 1973 e que garantiu o acesso legal ao aborto em todo o país.
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Sob o slogan #BansOffOurBodies, que em português pode ser traduzido como "Não toquem em nossos corpos", as manifestantes ocuparam o Capitólio.
De acordo com informações da organização, cerca de 450 manifestações estão previstas para ocorrer em todo o país. As principais marchas devem ser realizadas em Washington, Nova York, Chicago, Austin e Los Angeles.
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Estima-se que mais de 20 mil pessoas compareceram ao ato em Washington, capital estadunidense.
As manifestações deste sábado são uma resposta às articulações da extrema direita estadunidense que tem atuado para revogar o direito ao aborto na esfera nacional e nos estados.
O partido Democrata apresentou nas duas Câmaras do Congresso um projeto de lei que visa assegurar nacionalmente o direito ao aborto e evitar que lei locais enfraqueçam o acesso ao aborto legal.
A chamada Lei de Proteção à Saúde das Mulheres foi aprovada pela Câmara dos Representantes e garante aos profissionais de saúde o direito de realizar o aborto e às pacientes o direito de usufruí-los. Porém, no Senado os Republicanos travaram a discussão e se recusam a votar o projeto.
Recente pesquisa feito pelo Morning Consult revelou que 53% dos estadunidenses são contrários à revogação do precedente aberto pelo caso Roe Vs. Wade e 58% afirmaram que pretendem votar em um candidato a favor do aborto.