O Ministério da Defesa da Rússia revelou nesta quarta-feira (9) documentos secretos do comando militar da Ucrânia que mostram que Kiev tinha planos de invadir à força a região de Donbass, onde ficam localizadas as autoproclamadas Repúblicas Populares de Lugansk e Donetsk, que reivindicam independência desde o golpe de 2014 em Kiev, o Euromaidan. O conflito na região do Donbass foi uma das motivações da Rússia para iniciar a invasão do país vizinho, em 24 de fevereiro.
"O Ministério da Defesa da Rússia publica a ordem secreta original do comandante da Guarda Nacional da Ucrânia, coronel-general Mykola Balan, datada de 22 de janeiro de 2022", disse o general Igor Konashenkov, porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia.
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"A ordem, entregue ao comando da guarda nacional ucraniana, descreve em detalhes o plano para a preparação de um dos grupos de ataque para operações ofensivas na área da chamada Operação de Forças Conjuntas em Donbass", acrescentou o general.
Os conflitos na região de Donbass remontam ao golpe de 2014, que derrubou o presidente ucraniano Viktor Yanukovytch, e foram tranquilizados apenas após a assinatura dos acordos de Minsk. Lugansk e Donetsk possuem composição étnica mojoritariamente russa e se rebelaram na época.
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Os ataques da Ucrânia contra as autoproclamadas repúblicas populares, que desrespeitam os acordos de Misk, fez com que o presidente russo Vladimir Putin reconhecesse, em fevereiro, a independência dos separatistas e desse início da invasão ao país vizinho.
“A operação militar especial das forças armadas russas, realizada desde fevereiro, antecipou e frustrou uma ofensiva em larga escala de grupos de ataque de tropas ucranianas nas Repúblicas Populares de Luhansk e Donetsk, que não são controladas por Kiev”, sustenta o general Konashenkov.
Confira os documentos revelados pela Rússia:
Rússia acusa nacionalistas ucranianos de realizarem provocações com armas químicas
O Ministério da Defesa da Rússia afirmou nesta quarta-feira (9) que forças nacionalistas da Ucrânia teriam mobilizado armas químicas para a cidade de Zolochiv, localizada na região da Carcóvia, próxima da fronteira russa. Segundo os russos, o objetivo de Kiev é provocar um incidente químico e culpar a Rússia.
Segundo porta voz do ministério, Ígor Konashénkov, os ucranianos movimentaram na manhã (horário de Brasília) desta quarta aproximadamente 80 toneladas de amoníaco a Zolochiv. A Rússia disse que vai enviar documentos que comprovam a ação à Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ).