CHINA EM FOCO

China quer mediar acordo de paz entre Rússia e Ucrânia

Chanceler chinês anunciou envio de ajuda humanitária ao povo ucrâniano e defendeu cooperação com a América Latina e estreitar laços com os Brics

Créditos: Foto: CGTN
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América Latina no radar da China 

A adesão de países latino-americanos ao projeto de expansão das relações de cooperação da República Popular da China foi um dos temas da coletiva de imprensa concedida pelo chanceler chinês Wang Yi nesta segunda-feira (7), durante o Congresso Nacional do Povo. O ministro das Relações Exteriores ressaltou o interesse chinês em manter boa relação de amizade e cooperação com a América Latina.

Segundo Wang Yi, tanto a China quanto os países latino-americanos estão em desenvolvimento. E, por isso, o sonho chinês combina perfeitamente com o sonho latino-americano.

Wang Yi disse que a América Latina não é “pátio dos fundos” de ninguém, e, sim, uma região cheia de esperança e paixão. 

Wang Yi avaliou que o povo latino-americano precisa de justiça e cooperação, em vez de política de força e hegemonia. O chanceler lembrou ainda que, durante a pandemia da Covid-19, o país asiático forneceu quase 400 milhões de doses de vacinas para a América Latina, e no ano passado, o valor do comércio bilateral ultrapassou US$ 400 bilhões.

China disposta a atuar pelo fim da guerra entre Rússia e Ucrânia

Na mesma entrevista, Wang Yi afirmou que a China está disposta a mediar um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia. Ele também afirmou que o país asiático enviará ajuda humanitária ao povo ucraniano por meio da Cruz Vermelha.

"A China está preparada para continuar desempenhando um papel construtivo para facilitar o diálogo pela paz e trabalhar ao lado da comunidade internacional quando necessário para realizar a mediação necessária."
Ministro das Relações Exteriores, Wang Yi

Relação China - EUA

Outro assunto abordado pelo ministro das relações exteriores da República Popular da China durante a conversa com jornalista foi as relações do país com os Estados Unidos. 

Wang Yi enfatizou que a competição entre as duas maiores economias do mundo não é a escolha certa. Ele disse ainda que os EUA precisam colocar em prática as garantias verbais feitas à China. 

"Em um mundo globalizado e interdependente, como a China e os EUA podem encontrar o caminho certo e conseguir se dar bem é uma nova questão para a humanidade e uma formulação que deve ser trabalhada conjuntamente pela China e pelos EUA", declarou o ministro das Relações Exteriores. 

Estreitar laços com o Brics

O chanceler chinês falou ainda sobre a intenção da China em aprofundar a cooperação com os países que formam, junto com o gigante asiático, o Brics:  Brasil, Rússia, Índia e África do Sul. Wang disse que a China formará uma parceria de alta qualidade para impulsionar o desenvolvimento global.

Nova Rota da Seda na América Latina

A Nova Rota da Seda, projeto desenvolvimentista dos chineses, quer abraçar a América Latina. A primeira grande economia latina a aderir ao megaprojeto de investimento em infraestrutura de escala global dos chineses foi a Argentina. O pacto abre novos horizontes para os hermanos, cuja política econômica é atravessada pelas regras impostas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) após sucessivos empréstimos. Brasil, México e Colômbia ainda não aderiram. 

Produção agrícola e seguridade social

O presidente chinês, Xi Jinping, enfatizou que o país vai melhorar a capacidade de produção agrícola e continuar os esforços de promoção do desenvolvimento de alta qualidade da seguridade social. 

A declaração foi feita neste domingo (6) durante a visita aos conselheiros políticos nacionais dos setores da agricultura e bem-estar e previdência social. O grupo participa da quinta sessão do 13o Comitê Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC).

Dia Internacional da Mulher 

Em alusão ao Dia Internacional da Mulher, celebrado neste 8 de março, está em cartaz no Museu Nacional da Mulher e da Criança na capital chinesa, Pequim, uma mostra sobre as transformações da vida feminina do país asiático ao longo dos últimos cem anos. A mostra "Moda e Revolução - Um vislumbre do estilo de vida das mulheres chinesas nos últimos cem anos'' expõe roupas e relíquias culturais que demonstram o despertar das mulheres chinesas em meio às mudanças sociais ocorridas entre 1840 e 1949.

Confira o vídeo: