O paraquedista brasileiro Giulianno Scotti, de 42 anos, faleceu na última segunda-feira (1) durante um salto realizado na Flórida, sul dos EUA. De acordo com informações divulgadas pela imprensa, ele se chocou com outro paraquedista ainda no ar e acabou caindo.
O Departamento de Polícia de DeLand [cidade onde ocorreu a tragédia] revelou que o corpo de Scotti foi encontrado numa avenida da região central. O choque entre os paraquedistas teria ocorrido às 14h no horário local. O brasileiro não sobreviveu à queda e foi declarado morto já no resgate. O outro paraquedista foi socorrido e constatou-se que apresentou ferimentos leves.
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“O corpo da vítima foi entregue ao Gabinete do Médico Legista do Condado de Volusia, que realizará uma autópsia para determinar a causa da morte”, diz o comunicado das autoridades.
Giulianno era instrutor de paraquedismo e uma referência brasileira no esporte. Nas redes sociais, onde costumava ser muito ativo, uma série de admiradores do seu trabalho, no Brasil e nos EUA, lamentaram o falecimento e desejaram condolências à família e amigos.
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“A vida não será a mesma sem você, Scotti. Que luz você era. Você tornou os dias de trabalho emocionantes", escreveu McKenna Knipe nas redes sociais. Ela era amiga de Giulianno.
Natural de Manaus, capital do Amazonas, ele morava nos EUA e fazia imagens dos seus saltos ao redor do mundo. O lema“Fly or keep trying” [voe ou continue tentando] costumava acompanhar as suas postagens.
Giulianno deu uma entrevista ao podcast PodRolar, publicada de forma póstuma, em que conta sobre sua trajetória. Além do paraquedismo, também praticou Jiu Jitsu e era entusiasta de outros esportes radicais, como o wakeboard.
Scotti revelou que no início tinha muitas dificuldades para fazer seus saltos, uma vez que o paraquedismo é um esporte muito caro quando não se é do Exército. Ele demorou quase uma década para se tornar um paraquedista profissional, ou seja, para trabalhar e viver a partir dos saltos.
Foi por conta disso que decidiu se mudar para os EUA em novembro de 2022. Ele morava em um motorhome próximo ao Parque Nacional do Grand Canyon, no Arizona. Além de trabalhar como instrutor, também era empregado de uma fabricante de paraquedas, onde testava os produtos.
“No Brasil eu não teria condições de viver dos saltos”, contou ao podcast.
Scotti cursou Educação Física antes de começar a trabalhar como instrutor. Em 2021, antes da mudança, sofreu uma lesão nas costas que o impediu de competir no Mundial 2020 (adiado por conta da pandemia), na Rússia.