O céu de Boituva, conhecido por atrair amantes de esportes radicais de todo o Brasil, testemunhou uma tragédia na tarde de quarta-feira (11) quando Humberto Siqueira Nogueira, um paraquedista de 49 anos natural de Goiânia (GO), perdeu a vida durante um salto no Centro Nacional de Paraquedismo. Este foi o segundo acidente fatal envolvendo paraquedistas em Boituva no ano de 2023, gerando preocupações e levantando questões sobre a segurança dessas atividades.
De acordo com informações fornecidas pelo Corpo de Bombeiros, Humberto Siqueira Nogueira foi levado às pressas para um hospital em Boituva, após colidir violentamente com o solo durante a aproximação de pouso. Infelizmente, ele não resistiu e foi declarado morto com parada cardiorrespiratória. Testemunhas relataram que não houve falha aparente em seu equipamento de paraquedas.
Te podría interesar
A Polícia Civil está atualmente investigando as causas do acidente, mas até o momento, não foram encontrados indícios de problemas com o equipamento. As imagens das câmeras de segurança do Centro Nacional de Paraquedismo serão analisadas na tentativa de esclarecer os eventos que levaram à tragédia.
Diferentemente de muitos paraquedistas, Humberto não estava usando uma câmera de filmagem no momento do salto, o que torna as investigações ainda mais desafiadoras. Seu corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Itapetininga (SP), mas ainda não foi liberado. O sepultamento de Humberto está agendado para as 8h de sexta-feira (13) no cemitério Jardim das Palmeiras, em Goiânia.
Te podría interesar
Humberto Siqueira Nogueira era um empresário experiente em esportes radicais e era ativo em grupos de paraquedistas no interior de São Paulo. Sua morte deixa um vazio na vida de sua esposa e três filhos, que agora enfrentam a difícil tarefa de lidar com a perda.
Este trágico evento foi o segundo acidente fatal envolvendo paraquedistas em Boituva no ano de 2023. Em 1º de julho, um homem de 44 anos perdeu a vida após um erro de pouso no mesmo Centro Nacional de Paraquedismo. Rodrigo de Barros Aleixo de Souza, que possuía 20 anos de experiência na área, sofreu um acidente ao descer em alta velocidade e atingir o solo. Apesar dos esforços médicos, ele faleceu 11 dias depois.
No ano anterior, em 2022, o local também testemunhou um número significativo de acidentes fatais envolvendo paraquedistas, incluindo uma fatalidade onde um homem de 38 anos caiu em cima do telhado de uma casa, resultando em seu óbito. Negligência por parte da empresa responsável pelas aulas de paraquedismo foi apontada como causa, e não houve falha no equipamento.
Em maio de 2022, dois atletas perderam a vida devido a um pouso forçado de uma aeronave que partiu do Centro Nacional de Paraquedismo. O incidente deixou outras dez pessoas feridas, e as testemunhas relataram que a aeronave apresentou problemas antes de tocar o solo. Menos de um mês antes, uma outra fatalidade foi registrada quando a paraquedista Bruna Ploner, sargento do Exército Brasileiro, faleceu após saltar com um paraquedas de alta performance.
O aumento no número de acidentes fatais em Boituva tem levantado preocupações sobre a segurança das operações de paraquedismo na região, resultando em um apelo por medidas adicionais de fiscalização e segurança para evitar futuras tragédias.