Responsável pelo inquérito sobre o atropelamento do ator Kayky Brito, ocorrido na madrugada do dia 2 de setembro na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, o delegado Ãngelo Lages, da 16ª Delegacia de Polícia, divulgou sua decisão sobre a suposta omissão de socorro do também ator Bruno de Luca, que estava com o amigo no dia do acidente.
De acordo com testemunhas, Bruno de Luca ficou em pânico com o atropelamento, mas não prestou socorro ao amigo e foi embora.
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"Nas imagens ele parece atordoado, coloca as mãos na cabeça, mas em nenhum momento vai em direção do local do acidente, onde o amigo já está caído ao chão. Quero entender melhor o que aconteceu. Quem socorreu? Quem chamou o socorro? Pra onde ele foi depois do acidente? Por que abandonou o carro dele no local e foi embora de táxi? O que o Kayky foi buscar no carro, ele é a principal testemunha, precisa nos explicar toda a circunstância do acidente”, disse o delegado antes de ouvir o ator sobre o ocorrido.
Em depoimento, Bruno de Luca disse que viu o atropelamento, mas que não sabia que o atropelado era Kayky Brito e, por isso, teria ido embora. Ele contou que só ficou sabendo que seu amigo havia sido atropelado no dia seguinte. O ator afirmou, ainda, que achou que Kayky Brito tivesse ido embora e que ele mesmo não se recorda como foi para casa.
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Nesta quarta-feira (27), Lages afirmou que não irá indiciar Bruno De Luca por omissão de socorro e explicou os motivos.
"Bruno esteve aqui, prestou as declarações dele. O dever legal era do motorista, de pedir socorro. Uma vez que o socorro é pedido por uma pessoa, as pessoas presentes na cena ficam isentas de responsabilidades", contou.
Motorista do Uber
No relatório final da investigação, Lages também não indiciou o motorista. Segundo ele, Diones Coelho da Silva dirigia seu veículo a uma média de 48 km/h no momento da colisão. A permissão naquele trecho da Avenida Lúcio Costa, altura do Posto 6, é de até 70 km/h.
O delegado concluiu que Diones não responderá por crime algum porque ficou comprovado que:
- estava dentro do limite de velocidade;
- não havia bebido ou usado outra substância, segundo exames feitos no dia;
- conduzia o automóvel com atenção – como comprovado por imagens e pelo depoimento da testemunha, a passageira Maria Estela Lima;
- parou o carro e prestou socorro.
“Ele ainda realizou ações para evitar a colisão, apesar da escassez temporal para reação e frenagem. Entendemos que todos os elementos colhidos em depoimentos, laudos e vídeos, além da atitude de socorrer a vítima, isentam o motorista de qualquer responsabilidade”, explicou Ângelo
A polícia vai agora solicitar o arquivamento do caso e encaminhar o inquérito ao Ministério Público, que posteriormente seguirá para a Justiça.
Kayky sofreu politrauma corporal e traumatismo craniano e passou semanas na UTI, mas vem se recuperando e deixou a unidade intensiva na sexta-feira (22).