PETRÓLEO

Este pequeno país já descobriu bilhões de barris de petróleo em seu território

Vizinho do Brasil acumula reservas significativas de hidrocarbonetos e deve ser nova sensação de crescimento

Plataforma de petróleoCréditos: Wikimedia Commons
Escrito en ECONOMIA el

 Enquanto o mundo acompanha o boom petrolífero da Guiana, seu vizinho Suriname, menor país da América do Sul em território e população, prepara-se para emergir como a próxima potência energética do Caribe.

Com reservas recuperáveis estimadas em 2,2 bilhões de barris de óleo equivalente, o país surpreende ao atrair gigantes como TotalEnergies, Shell e Chevron para explorar seu potencial offshore, que promete transformar sua economia e posicionar a região como líder global em produção de petróleo e gás nas próximas décadas.

Após décadas de produção modesta em terra firme (17 mil barris por dia), o Suriname deu um salto a partir de 2020, quando grandes reservas foram identificadas em águas profundas. O bloco 58, operado pela TotalEnergies em parceria com a estatal Staatsolie e a QatarEnergy, é o carro-chefe: o campo Gran Morgu, com 700 milhões de barris recuperáveis, deve entrar em operação até 2028, utilizando um FPSO (unidade flutuante) de alta tecnologia, capaz de produzir até 220 mil barris diários.

A região compartilhada com a Guiana, onde Exxon e consórcios já descobriram 13 bilhões de barris, é considerada a nova fronteira global.

O Suriname, hoje a segunda maior área emergente de exploração (atrás apenas da Namíbia), planeja perfurar 10 poços offshore até 2025. Projetos como o Araku Deep-1, da Shell, podem confirmar reservas comerciais em camadas profundas, ampliando o horizonte produtivo.

A Staatsolie projeta que o petróleo representará 85% das exportações do país até 2030. Além do gás natural (com potencial para 12 milhões de toneladas anuais de LNG na próxima década), o país busca diversificar parcerias. Contudo, especialistas alertam para os riscos da doença holandesa.

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