Na reta final da campanha presidencial de 2022, uma série de "analistas" tentou construir um cenário de caos total caso o candidato do PT, o hoje presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, saísse vitorioso.
Alguns desses analistas previam um cenário de derretimento econômico, fuga de capital, ou seja, afirmavam que o Brasil mergulharia na barbárie total. Fato que, com o fim do primeiro ano da gestão Lula, não se comprovou, muito pelo contrário.
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Uma dessas previsões furadas que voltou a circular nas redes é do ex-ministro da Economia da gestão Bolsonaro (2019-22), Paulo Guedes. Durante uma entrevista, Guedes cravou que, caso Lula ganhasse, "o Brasil viraria uma Argentina em seis, e a Venezuela, 1 ano e meio", o que também não se concretizou.
O vídeo em questão foi resgatado pelo jornalista Reinaldo Azevedo, que ironizou a declaração de Paulo Guedes. "A Bolsa passa dos 134 mil pontos. Prevê-se mais de 140 mil em 24. Você que fez o 'L' para o país virar Argentina ou Venezuela foi enganado, né? Lula é traidor! Em vez do comunismo, deu gás ao capitalismo. O único líder anticapitalista do Brasil é Bolsonaro. Ah, sim: Guedes acertou em cheio", escreveu Azevedo em seu perfil no X (antigo Twitter).
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Bolsa passa dos 134 mil pontos. Prevê-se + de 140 mil em 24. Você q fez o “L” p/ o país virar Argentina ou Venezuela foi enganado, né? Lula é traidor! Em vez do comunismo, deu gás ao capitalismo. Único líder anticapitalista do Brasil é Bolsonaro. Ah, sim: Guedes acertou em cheio. pic.twitter.com/oOeViWbuZ3
— Reinaldo Azevedo (@reinaldoazevedo) December 27, 2023
Bolsa tem alta histórica e pessimistas ficam em silêncio
Ao longo da campanha eleitoral de 2022, uma série de 'analistas' do mercado correu para as redes sociais e meios de comunicação para afirmar que, caso o então candidato Lula (PT) vencesse o pleito presidencial, o país 'se transformaria em uma Venezuela' e que haveria fuga de capital.
Lula derrotou Bolsonaro na eleição, e o discurso pessimista foi atualizado e até ganhou temporalidade para a economia brasileira afundar: com seis meses de governo petista, o país estaria chafurdado em crise econômica. Nenhuma dessas previsões se concretizou.
Nesta terça-feira (26), aqueles que apostaram contra o governo federal e vislumbravam um cenário de caos econômico ganharam mais um motivo para ficar em silêncio: o Ibovespa, principal índice acionário da Bolsa de Valores (B3), fechou acima dos 133 mil pontos, a maior alta de sua história.
Este é o segundo recorde histórico da Bolsa neste fim de ano: na última sexta-feira (22), o Índice Ibovespa fechou em alta de 0,43% e ficou acima dos 132 mil pontos, marco histórico que foi superado nesta terça.
Além disso, o dólar registrou recuo de 0,79% e foi negociado a R$ 4,82.
A alta histórica do Ibovespa ocorre no mesmo dia em que o Boletim Focus, do Banco Central, reduziu pela terceira semana consecutiva a previsão para o Índice Nacional ao Consumidor Amplo (IPCA).
Segundo o Boletim Focus, o ano de 2023 fechará com uma inflação de 4,46%. Cabe destacar que a expectativa de redução da inflação também abrange o ano de 2024.
De acordo com o BC, o ano de 2024 deve terminar com uma inflação de 3,91%.