Pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (22), realizada com 100 agentes do sistema financeiro, mostra que o Congresso Nacional é visto como principal entrave para a política econômica do governo Lula.
Segundo o levantamento, 53% dos entrevistados avaliam como regular a "capacidade do governo de aprovar sua agenda no Congresso Nacional". Outros 29% classificam como "baixa" essa capacidade e apenas 18% avaliam de forma positiva a relação do governo com os parlamentares para aprovar a pauta econômica.
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"O que [o ministro da Fazenda, Fernando] Haddad tem que fazer é se concentrar na aprovação da agenda arrecadatória no Congresso. O mercado está mais desconfiado da capacidade do governo aprovar sua agenda no Legislativo", diz Felipe Nunes, CEO da Quaest.
O estudo mostra ainda que apenas cerca de 35% dos agentes do sistema financeiro acreditam que o governo vai conseguir aprovar a retomada de impostos federais sobre as subvenções do ICMS e a taxação sobre os subsídios do ICMS, fundamentais para aumentar a arrecadação.
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A maioria, no entanto, acredita que os projetos para taxação dos exclusivos (88%) e offshore (86%) irão passar nas casas legislativas.
A falta de perspectiva no aumento da arrecadação - que pode travar o desenvolvimento econômico no próximo ano - refletiu diretamente na avaliação do governo, que voltou a ultrapassar os 50% de negativo - foi de 47% em setembro para atuais 52%.
A pesquisa ouviu 100 pessoas entre gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão das 72 maiores casas de investimento do Rio de Janeiro e de São Paulo, entre os dias 16 e 21 de novembro de 2023. Outros 39% avaliam como regular.
Por outro lado, a avaliação positiva voltou a cair. Do pico de 20% em julho, caiu para 12% em setembro e, em queda de mais três pontos, chegou a 9%.
A pesquisa ainda mostra uma piora na expectativa sobre a economia nos próximos 12 meses: aqueles que acreditam que vai piorar passou de 34% em setembro para 55%. O índice de regular foi de 30% para 24% e a perspectiva de melhora caiu de 36% para 21% no período, após atingir um pico de 53% em julho.
Leia a pesquisa na íntegra.