Donald Trump, o futuro presidente dos Estados Unidos, exibe claramente sinais do que é conhecido como "Complexo de Deus". Este termo psicológico refere-se a um estado em que o indivíduo se vê acima de todas as leis, limitações ou críticas, acreditando ter o poder de fazer qualquer coisa.
Essa condição é frequentemente observada em pessoas com Transtorno de Personalidade Narcisista ou durante a fase maníaca do transtorno bipolar. Indivíduos com esse perfil frequentemente tomam decisões não apenas irracionais, mas também perigosas e catastróficas. Trump, com seu comportamento incontrolável, delírios de poder absoluto e desrespeito a quaisquer limitações, é um exemplo claro dessa condição.
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O que é o Complexo de Deus?
O Complexo de Deus, ao contrário do que pode parecer à primeira vista, não é apenas um termo coloquial. Na psicologia, refere-se a um estado de grandiosidade extrema, no qual o indivíduo acredita que seu poder, conhecimento ou habilidades superam os de seres humanos comuns. Essas pessoas frequentemente ignoram leis, críticas e até realidades objetivas, posicionando-se como se ninguém pudesse desafiá-las. Essa condição, especialmente em líderes políticos, pode levar a decisões catastróficas, pois eles não apenas se recusam a consultar outros, como também veem qualquer oposição como uma ameaça pessoal.
No caso de Trump, esses traços são claramente evidentes em seu comportamento e decisões. Ele demonstrou repetidamente que ignora críticas e se vê acima de quaisquer limitações legais ou morais. Esses comportamentos, que atingiram seu auge durante sua presidência, continuam até hoje e representam uma séria ameaça à estabilidade global.
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O Complexo de Deus não é um fenômeno novo, e a história oferece inúmeros exemplos disso. Líderes como Adolf Hitler, Joseph Stalin e Mao Zedong, acreditando em seu poder absoluto, tomaram decisões que resultaram em catástrofes humanas e políticas. Esses líderes, ignorando leis e críticas, concentraram-se exclusivamente em seu próprio poder, e sua queda foi inevitável.
Por exemplo, Hitler, com sua crença na superioridade racial e no poder absoluto, iniciou a Segunda Guerra Mundial, levando à morte de milhões. Stalin, ao suprimir dissidências e criar uma atmosfera de medo e terror, sacrificou milhões em nome de suas políticas. Em ambos os casos, a obsessão pelo poder e o desprezo pelas realidades objetivas não apenas levaram à destruição desses líderes, mas também a tragédias humanas generalizadas.
Trump, com comportamentos semelhantes, também trilha um caminho perigoso. Ele demonstrou repetidamente que desconsidera leis internacionais, críticas e até realidades científicas, concentrando-se exclusivamente em seu próprio poder e interesses pessoais. Esses comportamentos, embora possam lhe conceder poder superficial no curto prazo, inevitavelmente levarão à sua queda.
Trump, mesmo antes de um eventual retorno formal ao poder, já abriu múltiplas frentes de conflito com suas ameaças e interferências injustificadas. Ele mostrou repetidamente que não respeita limites e age como se o mundo fosse seu palco pessoal. De ameaças explícitas contra a Palestina a disputas com o México sobre o Golfo do México, interferências diretas nos assuntos internos do Reino Unido e até ameaças à integridade territorial de países como Canadá, Groenlândia e Panamá, Trump age como se não houvesse fronteiras para seu poder.
Um exemplo notável desse comportamento são as ameaças militares de Trump contra o Irã. Ele ameaçou repetidamente o país com ações militares e, durante sua presidência, ordenou o assassinato do general Qasem Soleimani. Essas ações, realizadas sem considerar as consequências políticas e humanitárias, demonstram seu completo desrespeito às leis internacionais e aos princípios diplomáticos.
Os perigos de um líder narcisista
Os perigos dessa situação vão além do comportamento de Trump. Ter alguém com tais traços psicológicos no comando dos Estados Unidos representa uma séria ameaça ao mundo. Sua idade avançada, combinada com traços de personalidade narcisista e delírios de poder absoluto, pode resultar em decisões irracionais e catastróficas. Trump não apenas se considera imune a críticas ou limitações, mas também parece não compreender as consequências de suas ações. Em vez de diplomacia e engajamento, ele recorre apenas a ameaças e agressões, como se ninguém fosse capaz de enfrentá-lo.
Esses traços, claramente visíveis durante sua presidência, continuam a se manifestar e representam uma séria ameaça à estabilidade global. Ao ignorar leis internacionais e princípios diplomáticos, Trump coloca em risco não apenas os Estados Unidos, mas o mundo inteiro.
A história mostrou que o Complexo de Deus, embora possa conceder poder superficial no curto prazo, inevitavelmente leva à queda e ao fracasso. Líderes que se veem acima de leis e limitações prejudicam não apenas a si mesmos, mas também seus países e nações. Trump, com seu comportamento incontrolável e delírios de poder absoluto, não é apenas uma ameaça aos Estados Unidos, mas ao mundo como um todo.
Faraz Sabahi é graduado em estudos avançados em ciências estratégicas - produtor da Rádio e Televisão do Irã, produzindo mais de 500 episódios de programas nas áreas política, social e cultural, além de membro do Centro de Análise doutrinária Yaghin