ARTE INDÍGENA

Cineclube Vladimir Herzog promove cinema indígena brasileiro em SP

Programação gratuita conta com a exibição de três filmes e debate com os diretores; saiba mais

Cena do filme "Javyju - Bom dia".Créditos: Divulgação
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Cineclube Vladimir Herzog, do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, promove, nesta quarta-feira (28), sessões de cinema indígena brasileiro com entrada gratuita e debate com os diretores.

A programação conta com três filmes: "Sou moderno, Sou índio"; "Javyju-Bom Dia" e "Javyju-por trás das câmeras". Os curtas foram dirigidos pelo cineasta Carlos Eduardo Magalhães e a cacique e liderança indígena Kunha Rete, que faz sua estreia na direção cinematográfica. 

“Fazer um filme na aldeia trouxe muitos desafios, mas também muitas oportunidades. Como cacique, minha liderança e conhecimento cultural me prepararam para esse papel. A direção é uma extensão natural do meu trabalho como líder, pois envolve ouvir a comunidade e tomar decisões que refletem nossos valores e tradições", diz Kunha Rete sobre sua estreia como diretora.

Os recursos do filme foram todos voltados para os artistas da aldeia, o que Magalhães classifica como "fundamental". "Queremos garantir que o projeto não apenas represente a cultura Guarani de maneira autêntica, mas também contribua diretamente para a comunidade que está no coração desta história", afirma o diretor.

Abaixo, confira a sinopse de cada um dos filmes:

Sou moderno, Sou índio

Em uma série de 13 episódios, a produção "Sou moderno, sou índio" promove um debate sobre a visão estereotipada sobre os povos originários. Contraponto a imagem de que indígenas precisam andar nus, são ingênuos e não têm acesso à tecnologia, o filme traz personagens altamente ligados a inovações tecnológicas e participantes ativos do cotidiano urbano, mas que se mantêm intimamente ligados aos seus povos e cultura.

Javyju-Bom Dia

Em um futuro distópico, a Terra está devastada e os povos indígenas encontraram refúgio em seus territórios, protegidos pelos encantados. A aldeia Guarani do Jaraguá, situada na antiga São Paulo, é uma das últimas comunidades a permanecer segura. Um sonho enviado pelo Pajé da aldeia traz uma mensagem de esperança e um enigma: Três jovens são convocados para uma jornada essencial que pode definir o futuro do planeta e explorar o papel deste último não indígena em um mundo em crise.

“O filme reflete nossas preocupações e sabedorias ancestrais sobre o equilíbrio da Terra. Ele nos lembra das consequências das nossas ações e da importância de respeitar e proteger nosso planeta. ‘Javyju - Bom Dia’ é um chamado para a conscientização e a mudança, baseado na sabedoria que nossos ancestrais nos transmitiram", afirma Kunha Rete.

Javyju-por trás das câmeras

Já a produção "Javyju-por trás das câmeras" traz o making-of da produção de "Javyju-Bom Dia" e relata a parceria entre Carlos Eduardo Magalhães e Kunha Rete na produção no filme.

Serviços

Exibição de filmes indígenas no Cineclube Vladimir Herzog.

Data: Quarta-feira, 28 de agosto, às 19h.
Local: Rua Rego Freitas, 530 - sobreloja - Vila Buarque - Próximo ao metrô República (Sindicato dos Jornalistas de São Paulo – Auditório Vladimir Herzog).
Entrada gratuita.