O renomado ator Antônio Fagundes detonou sua antiga “casa”, a Rede Globo, por causa da produção de remakes de novelas, prática que vem ocorrendo cada vez com mais frequência na emissora da família Marinho.
“Sempre acho que não tem comparação, vai ser uma outra novela”, declarou Fagundes, em entrevista ao programa de variedades “TV Fama”, nesta quarta-feira (17), na Rede TV!.
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O ator, que conta em sua trajetória com mais de 50 anos na dramaturgia, também abordou a respeito de um possível remake de “Rei do Gado”, grande sucesso da Globo, em 1996, em que Fagundes foi protagonista.
“Qualquer coisa pode ser refeita, só sinto um pouco de pena das pessoas não estarem criando coisas novas. Isso parece um pouco uma preguiça de criação e cria um vácuo que a gente não consegue entender, mas que bom, que sejam felizes”, afirmou.
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Apesar de ter deixado a Globo, Fagundes não pensa em aposentadoria. Ele ainda mandou um recado para os fãs que torcem para que ele volte à televisão.
“Vai ser difícil. Agora, estou fazendo tanta coisa fora que vai ser ruim ficar preso em um estúdio tanto tempo quanto uma novela exige que a gente fique, mas se tiver um grande convite, a gente pode mudar de ideia”, afirmou.
Teatro e cinema
Depois de 44 anos atuando na Globo, com participações marcantes em inúmeras novelas, Antônio Fagundes voltou a descartar um possível retorno à telinha.
“Eu sempre gostei muito de fazer televisão. Agora, estou me dedicando mais ao teatro e ao cinema”, anunciou anteriormente.
O ator já havia declarado que sente saudade de produzir o podcast Clube da Leitura, no qual contava histórias e falava sobre sonhos e reflexões a respeito de suas obras preferidas.
Fagundes deixou uma mensagem para os jovens, que não prestam tanta atenção à literatura: “Eu tenho pena. Porque as pessoas que não leem, estão perdendo coisas maravilhosas. Nós temos autores extraordinários no Brasil. De todas as épocas, coisas extraordinárias que fazem com que a gente viaje, que observe mais o outro, tenha compaixão. Enfim, eu tenho pena dessas pessoas que ainda não descobriram a leitura, mas nunca é tarde. Os livros estão aí. É só ter paciência”.