Quinze anos após sua última aventura em O Reino da Caveira de Cristal, o audacioso arqueólogo retorna no novo filme, Indiana Jones e a Relíquia do Destino, que chegou aos cinemas no último dia 30. No mais recente capítulo da franquia iniciada em 1981, Indy conta com a ajuda de sua afilhada Helena, interpretada pela britânica Phoebe Waller-Bridge – conhecida pela série Fleabag – para, como já é de praxe, recuperar um artefato roubado pelos nazistas.
O curioso é que, dessa vez, eles buscam a “Relíquia do Destino” ou “Máquina de Arquimedes”, que é baseada em um objeto real: um antigo dispositivo grego chamado Mecanismo de Antikythera.
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O que é a Antikythera
O Mecanismo de Antikythera, ou Anticítera, foi descoberto por acaso por um grupo de catadores de esponjas marinhas em 1900, nos restos de uma galé romana que havia naufragado há 2 mil anos. Inicialmente ignorada, a Anticítera provou ser um dos objetos mais intrigantes da história da tecnologia.
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Feito de bronze corroído e do tamanho de um notebook moderno, o Mecanismo é considerado o computador analógico e planetário mais antigo da história. E isso não é à toa. Análises do Mecanismo mostraram que ele possui 27 rodas de engrenagem em seu interior e foi encontrado junto com objetos que datam de 70 a.C, configurando um mistério para a ciência: como cientistas gregos antigos produziram um objeto de tamanha complexidade.
Estima-se que os gregos usavam a máquina para acompanhar o movimento da Lua e prever posições astronômicas e eclipses com surreal precisão. A máquina de Anticítera podia prever o dia, a hora, a direção da sombra e a cor com a qual a Lua apareceria. No filme, essa capacidade de “previsão do futuro” foi extrapolada e a Antikythera também pode promover viagens ao passado. Helena acredita que eles podem usar a máquina para impedir a ascensão do nazismo.
Mas por que “Máquina de Arquimedes”? A relação com o matemático grego se dá por sua capacidade criativa. Por ser conhecido por feitos como determinar a distância da Terra à Lua, calcular o volume de uma esfera e descrever o número fundamental p (Pi), Arquimedes poderia ser a mente brilhante por trás de uma invenção tão avançada como esta. Historiadores e arqueólogos concordam que tamanha inovação para a época pode ter relação com o estudioso. Hoje, as peças da Relíquia encontram-se em exposição no Museu Arqueológico Nacional de Atenas.