Um estudo publicado na revista Science mostrou que seres humanos definitivamente começaram a se beijar na boca, de forma romântica, antes do que antes era conhecido.
O que para nós parece um ato óbvio de amor é, na verdade, um processo cultural e, portanto, não é biologicamente inerente. Diversos pesquisadores buscam as possíveis origens do beijo na boca.
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Antes, se acreditava que os primeiros registros escritos e artísticos de beijos românticos nos lábios foram encontrados na Índia ao redor do ano 1500 a.C.
Porém, uma revisão da literatura da Mesopotâmia e da Suméria revelou que, na verdade, os povos que viviam entre o Tigre e Eufrates são os pioneiros do romantismo no mundo.
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Em 2500 a.C, eles já escreviam sobre beijos românticos entre casais apaixonados, antes de qualquer outro povo no planeta. Além disso, eles fizeram obras de arte sobre o tema, como essa estátua, que data de 1800 a.C e está no British Museum:
A grande dificuldade dos pesquisadores era entender a diferença entre o beijo no rosto dado por pai e mãe, como forma de carinho fraternal - como o beijo de Judas - e o beijo romântico.
“Na antiga Mesopotâmia, que é o nome das primeiras culturas humanas que existiam entre os rios Eufrates e Tigre nos dias atuais Iraque e Síria, as pessoas escreveram em escrita cuneiforme [marcas em forma de cunha] em tabuletas de argila. Muitos milhares dessas tabuletas de argila sobreviveram até hoje e contêm exemplos claros de que o beijo era considerado parte da intimidade romântica nos tempos antigos", disse Dr Troels Pank Arbøll, especialista em história da medicina na Mesopotâmia na Universidade de Copenhague, na Dinamarca.
Além disso, os cientistas têm estudado a presença do vírus da herpes HSV-1, a herpes labial, transmitida principalmente pelo beijo na boca, em corpos da Antiguidade. Ou seja, além de beijar na boca, elas já passavam doenças entre si. Segundo os pesquisadores, ela era mais presente na região entre Ásia e Europa.