A grande novidade trazida pela turnê "Que Tal Um Samba?", de Chico Buarque, de acordo com todos os músicos que acompanham o artista há décadas é a presença de Mônica Salmaso e seus efeitos sobre o artista. "Você vê que ele está todo descontraído no palco. Ele sente uma segurança com ela ali, sabe? Está sendo muito boa a participação dela, ele brinca mais", afirma o baterista Jurim Moreira, 66.
A tecladista Bia Paes Leme, 64, que está em turnê com ele desde 1998, corrobora: "acho que ela trouxe um frescor e um vigor também. Ela é intensa como pessoa e como intérprete. Isso trouxe muita energia para o show". "O Chico é menos inibido do que dizem. ‘Ah, ele é tímido'. Nada, o Chico é totalmente ‘relax’. Mas quando você tem uma pessoa ao seu lado, dividindo de igual para igual as coisas, errar, por exemplo, fica mais leve. Você erra e morre de rir”, completa.
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Soltinho
Sobre o fato de Chico estar mais soltinho nesta turnê, o percussionista Chico Batera conta: "estou te falando: estou há 48 anos aqui e nunca vi o Chico dançar no palco. É a primeira vez. Você já tinha visto, [Mario] Canivello?", pergunta Batera ao assessor de imprensa do cantor. "A gente viu com o Mestre Marçal", responde Mario. "Ah, sim. Mas era meio forçado, ele ficava muito duro", diz, rindo outra vez.
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Salmaso e Bethânia
Batera, que já tocou com nomes como Elis Regina e Ella Fitzgerald, não poupa elogios a Mônica. "O interesse dela pelos músicos é outra coisa rara. Toquei com todas as cantoras. A Elis interagia musicalmente, mas não demonstrava isso para o público como a Mônica faz."
Ao final, o baterista responde se a participação de Mônica Salmaso lembra a de Chico e Maria Bethânia, que ele também acompanhou: "a imagem que eu tenho, inclusive reforçada pelo Chico, contando dessa época da Bethânia, era que antes do show eles estavam conversando e tal. Aí, de repente, a Bethânia entrava no camarim, mudava a roupa, passava por ele e já era outra pessoa. Já passava junto com o santo. Imagino que um cara como o Chico devia ficar meio sem saber o que fazer", afirma, rindo.
Com informações da coluna de Mônica Bergamo