Rodando o Brasil com a turnê Que Tal um Samba?, o cantor e compositor Chico Buarque resolveu tirar onda com a boataria das redes e a decisão da juiza Monica Ribeiro Teixeira, substituta do 6º Juizado Especial Cível da Comarca da Capital Lagoa, no Rio de Janeiro, responsável pela batalha judicial contra Eduardo Bolsonaro (PL), que contestam que ele seja autor das próprias músicas.
Em 2020, após um vídeo em que brinca dizendo que compra suas músicas de compositores anônimos, um deles chamado Ahmed, Chico foi alvo de ataques e fake news de detratores, em especial apoiadores de Jair Bolsonaro (PL).
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“Esses caras me abordam na rua e vão vendendo música para mim. E eu vou comprando”, brinca Chico no vídeo, que teve que ser desmentido.
Já no ano passado, a juiza Monica Ribeiro Teixeira não reconheceu Roda Viva, uma das músicas mais importantes de Chico Buarque e símbolo da luta contra a Ditadura, como sendo de autoria do compositor, que moveu uma ação para proibir Eduardo Bolsonaro de usar a canção nas redes sociais.
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A juiza fez a alegação inusitada de que falta comprovação de que a música é mesmo de Chico. De acordo com informações do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), “Roda Viva”, lançada em 1968, é uma das canções mais regravadas de Chico Buarque.
No vídeo que viralizou, Chico brinca com a questão durante o show, dizendo que chegou a cogitar colocar um teleprompter - aparelho usado por apresentadores de TV para ler notícias - porque tem esquecido partes das letras de suas músicas.
"Eles estão exagerando, mas eu toco direitinho. Posso errar aqui, ali, já consertei uma hora ai. Como posso às vezes esquecer um pedaço da letra, um verso. Isso é normal. Pensei até em instalar aqui no proscênio um teleprompter para ver enquanto eu canto. Depois me disseram que não era uma boa ideia porque iam dizer: 'o sujeito já erra nos acordes, o sujeito esquece as letras, ele não pode ser o autor dessas músicas", brincou Chico arrancando risos da plateia.