CAROL PRONER

Folha reduz Carol Proner, uma das maiores juristas do país, à “mulher do Chico Buarque”

Reducionismo machista do jornalão paulistano tem recebido inúmeras críticas nas redes

Carol Proner.Créditos: Reprodução de Vídeo
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Caroline Proner, mais conhecida como Carol Proner, é advogada, jurista e articulista brasileira. É uma grande expoente nas áreas do Direito internacional e dos Direitos Humanos, além de fundadora da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) e integrante do combativo Grupo Prerrogativas.

Quer mais?

Ela é professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), doutora em Direito pela Universidade Pablo de Olavide (Espanha) e mestre em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Atua como diretora-executiva do Instituto Joaquín Herrera Flores, é coordenadora-executiva da Escola de Estudos Latino-Americanos e Globais (ELAG) e do Consejo Latinoamericano de Justicia y Democracia (CLAJUD) no Brasil, e integrante do Grupo de Puebla.

É pouco ainda?

Ela recebeu, em 2019, a Medalha Chiquinha Gonzaga, honraria concedida pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro com o objetivo de homenagear personalidades femininas que reconhecidamente tenham se destacado em prol das causas democráticas e humanitárias.

Reducionismo

No entanto, no título do artigo de Leonardo Vieceli publicado na Folha desta terça-feira (7), ela foi reduzida à “mulher de Chico Buarque”.

A reportagem fala que “a mulher do músico Chico Buarque, será assessora da presidência do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O cargo é voltado para assuntos internacionais”.

O texto ainda lembra que Chico “foi citado pelo novo presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, em seu discurso de posse no banco na segunda-feira (6). Mercadante anunciou a presença do músico entre o público que acompanhou a cerimônia no Rio de Janeiro”.