Em novos trechos da bizarra entrevista concedida à Folha de S.Paulo, divulgadas pelo jornal nesta quarta-feira (15), Regina Duarte conta um pouco da experiência de ter participado por cerca de dois meses do governo Jair Bolsonaro (PL), antes de ser escorraçada do cargo de Secretária Nacional de Cultura.
A atriz, que ganhou a alcunha de "a namoradinha do Brasil, ficou no cargo entre 4 de março e 20 de maio de 2020. Demitida em meio à pressão política pelas gafes sequenciais, Regina Duarte ouviu de Bolsonaro a promessa - nunca cumprida - de que assumiria o comando da Cinemateca Brasileira, em São Paulo.
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No novo trecho da entrevista à Folha, a ex-Global conta que aprendeu "muitas coisas" no tempo em que foi o braço direito de Bolsonaro no setor de cultura.
"Acho que eu aprendi muitas coisas. Fiquei mais safa", disse a atriz. Em seguida, ela conta que o meio político fez com que confirmasse algo sobre a própria personalidade.
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"A lição é tomar cuidado, saber que a paranoia existe. Preste atenção nela, veja com quem você está falando, se cuide, se proteja", disse.
Regina Duarte ainda confessa que não esperava ser traída no governo Bolsonaro por ter sido "muito mimada" a vida toda na Globo.
"A vida inteira eu fui muito mimada, então eu não esperava traição, não esperava 'vamos montar uma coisa aqui para desestruturar a Regina', e lá em Brasília é muito isso", contou.
"Você começa a perceber que a paranoia é um sentimento indispensável para você sobreviver em determinado meio. Você precisa ser paranoico. É uma coisa dolorosa. Não sei se eu aprendi, mas eu fiquei melhor do que eu era. Eu tomo outros cuidados hoje em dia", emendou.