CENSURA

Pastor Zé Barbosa diz que não há apologia à pedofilia em filme de Danilo Gentili: “hipocrisia bolsonarista”

O Ministério da Justiça definiu a classificação indicativa do filme “Como se tornar o pior aluno da escola” como não recomendada para menores de 18 anos

"Como se Tornar o Pior Aluno da Escola" de Danilo Gentili.Créditos: Divulgação
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O teólogo e pastor Zé Barbosa Jr., colunista da Fórum, afirmou em sua conta do Twitter nesta terça-feira (15), ter perdido uma hora e meia de sua vida assistindo ao filme "Como se Tornar o Pior Aluno da Escola" de Danilo Gentili. Para ele, não há apologia à pedofilia e “o filme é tudo aquilo que o bolsonarista defende: a babaquice como estilo de vida”.

De acordo com Zé Barbosa, “o filme tem um único objetivo: desqualificar o ‘politicamente correto’”. Para ele “não! Não há APOLOGIA à pedofilia. Sim! Há uma cena de pedofilia. Terrível como todo o filme, mas ‘coerente’ dentro do teor patético do filme. Um homem visivelmente ‘de bem’, ‘respeitador’ que é um FDP pedófilo e acaba virando diretor da Escola. Nada distante da realidade”.

Cenas bem mais fortes

O pastor lembra que “há cenas bem mais ‘fortes’ a meu ver, como as cenas de bebedeira/balada/loucura dos adolescentes protagonistas. O filme é a cara do Danilo Gentili: bizarro, sem graça e apelativo”.

Ele alerta ainda para o fato de que “a censura bolsonarista é hipócrita. O filme é tudo aquilo que o bolsonarista defende: a babaquice como estilo de vida. Sim! É censura querer proibir o filme, por pior que ele seja”.

E encerra: “acredite em mim! Não vale a pena ver o filme. Mas... se quiser conferir, vai fundo... e volte aqui pra conversarmos...”.

Classificação indicativa

O Ministério da Justiça definiu a classificação indicativa do filme “Como se tornar o pior aluno da escola” como não recomendada para menores de 18 anos. O texto, publicado no Diário Oficial da União nesta quarta, indica que o audiovisual apresenta conteúdo com tendências de coação sexual ou estupro.

O despacho foi publicado no Diário Oficial da União e é assinado pelo secretário nacional de Justiça, José Vicente Santini. O texto alega que o audiovisual apresenta “conteúdo com tendências de coação sexual ou estupro, ato de pedofilia e situação sexual complexa”.