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Zuckerberg "ignorou impacto em direitos humanos" em decisão sobre Facebook e Instagram

Relatório de órgão independente diz que a decisão da Meta de abandonar o programa de verificação de fatos em parceria com organizações independentes foi "precipitada e violou os procedimentos padrão".

Donald Trump e Mark Zuckerberg.Créditos: Rede X / Donadl Trump
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Escrito en TECNOLOGIA el

O Conselho de Supervisão da Meta instou, na terça-feira, os executivos da empresa a avaliarem o impacto sobre os direitos humanos do fim do programa de verificação de fatos nos Estados Unidos e da moderação mais branda em suas plataformas.

De acordo com um relatório deste órgão independente, criado em 2020, a decisão da Meta de abandonar o programa de verificação de fatos em parceria com organizações independentes foi "precipitada e violou os procedimentos padrão".

O órgão acrescentou que essa medida para o Facebook, Instagram e Threads não foi acompanhada de "informações públicas sobre as avaliações, se houver, de seu impacto sobre os direitos humanos".

Além de anunciar o fim da verificação de fatos nos Estados Unidos no início de janeiro, a Meta atualizou suas políticas e práticas de moderação de conteúdo.

Como resultado, a empresa decidiu remover menos mensagens e postagens que pudessem violar seus padrões, especialmente comentários direcionados a minorias.

O Meta argumentou que "muito conteúdo foi censurado quando não deveria".

Em resposta, diversas organizações alertaram sobre as consequências dessas mudanças para minorias, como a comunidade LGBTQ+.

O conselho também sugeriu que o Meta "avalie a eficácia das notas de contexto, em comparação com a verificação de fatos", especialmente quando a desinformação representa "um risco à segurança das pessoas".

O Meta optou por substituir a verificação de fatos pelas chamadas "notas da comunidade", que os usuários criam quando acreditam que uma publicação precisa de esclarecimento ou contextualização, geralmente anexando as fontes.

O Conselho de Supervisão do Meta atua como um tribunal para resolver disputas sobre conteúdo publicado nas plataformas, e a gigante das mídias sociais concordou em acatar suas decisões.

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