Responsável pelo apagão global de tecnologia, que levou o Windows a apresentar a "tela azul da morte" em empresas e aeroportos de todo o mundo, a Crowdstrike atua com softwares de cibersegurança de dados em sistemas de governos e grandes corporações, como bancos, corporações de saúde e energia em todo o mundo.
Segundo o fundador e CEO da empresa, George Kurtz, a pane teria ocorrido devido à um bug - pane na linguagem digital - do sistema Falcon, desenvolvido pela Crowdstrike, com uma atualização do Windows, plataforma da Microsoft.
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A pane deixa os computadores presos no processo de inicialização e gera a temida "tela azul da morte", quando o sistema acusa um erro e pede para ser reinicializado - no caso do apagão, a reinicialização fica em looping, sem dar acesso ao sistema operacional.
Ciberbilionário
Aos 59 anos, George Kurtz é um dos maiores ciberbilionários do planeta, com um patrimônio acumulado de US$ 3,4 bilhões - cerca de R$ 18,8 bilhões -, e é apontado pela revista Forbes como a 963ª pessoa mais rica do mundo.
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Nascido em Nova Jersey (EUA), Kurtz é formado em Contabilidade e iniciou sua fortuna fundando em 1999 a Foundstone, uma empresa mundial de produtos e serviços de segurança, que foi comprada pela gigante McAfee em 2004.
Kurtz fundou a CrowdStrike, que está no centro do apagão global de dados, em 2011. A empresa teve o capital aberto em 2019, mas o fundador segue com 5% das ações e no controle administrativo da corporação.
Em 2023, a CrowdStrike faturou US$ 2,24 bilhões - equivalente a R$ 12,3 bilhões - com a venda de softwares de segurança cibernética para as maiores corporações do mundo.
Em 2016, a empresa ficou conhecida pelo ataque de supostos hackers russos à rede do Comitê Nacional Democrata, nos EUA.
A CrowdStrike era responsável pela segurança do site, que foi alvo de um segundo ataque por um hacker identificado como Guccifer 2.0.
Após a invasão do sistema, o hacker revelou os números de telefone e e-mails da congressista Nancy Pelosi, do congressista Adam Schiff e de outros congressistas do Capitólio à época membros dos comitês de Inteligência, de Serviços Armados e de Relações Exteriores.
Dois anos antes, a empresa esteve no centro da invasão do sistema da Sony Pictures. Na ocasião, hackers vazaram diversas informações sigilosas, entre elas o número de seguro social do ator Sylvester Stallone e de outros 47 mil funcionários. Os hackers ainda divulgaram endereços e números telefônicos de artistas como Tom Hanks e Julia Roberts, salários de mais de 6 mil funcionários, além de senhas de milhares de computadores internos e de redes sociais.