NA PRISÃO

Nego Di é condenado por injúria e difamação contra deputada Luciana Genro

Ex-BBB já está preso desde julho por estelionato e também é investigado por lavagem de dinheiro

Dilson Alves da Silva Neto, o Nego Di.Créditos: Reprodução/Globo/BBB21
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O influenciador Dilson Alves da Silva Neto, mais conhecido como Nego Di, foi condenado por injúria e difamação contra a deputada estadual Luciana Genro (PSOL-RS). O "humorista" já está preso desde o dia 14 de julho por suspeita de estelionato.

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A decisão da Justiça se refere a um vídeo de Nego Di em que ele chama a deputada de "velha sem vergonha" e "maconheira" em março de 2020. A Justiça entendeu que os xingamentos feriram a reputação e a dignidade da parlamentar. “O humor veiculado por qualquer meio de comunicação não traz consigo salvo-conduto ou um escudo para ofensas e ataques que atinjam a honra, a dignidade e a imagem de pessoas”, diz trecho da sentença.

O influenciador foi condenado a 1 ano, 1 mês e 2 dias de detenção, mas a pena foi convertida em serviços comunitários e pagamento de multa por danos morais de 5 salários mínimos.

Nas redes sociais, a deputada repercutiu a decisão. "Espero que essa condenação sirva de lição para todos os caluniadores e difamadores que acham que as redes são terra sem lei", comentou ela no Instagram. 

Nego Di é preso por suspeita de estelionato 

No dia 14 de julho, Nego Di foi preso pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul por suspeita de estelionato. Segundo a polícia, o "humorista" tinha uma loja virtual onde clientes compravam os produtos, mas nunca recebiam os bens.

As movimentações financeiras do influenciador em 2022, passa de R$ 5 milhões. A loja "Tadizuera" ficou online por alguns meses, até ser retirada do ar por ordem da Justiça.

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Outras acusações

No caso de lavagem de dinheiro, Di é investigado por um esquema de rifas nas redes sociais. De acordo com a polícia, Nego Di vendia rifas nas redes sociais sob a afirmação de que quem comprasse mais números ganharia um prêmio. As recompensas, contudo, nunca chegariam aos ganhadores.

A esposa de Di, Gabriela Sousa, que também é acusada de participar do esquema, foi presa em flagrante por estar com uma arma de uso restrito pelas Forças Armadas.

Fake news

Além das suspeitas de crimes no âmbito econômico, Di também tem sido alvo de investigação por divulgação de desinformação nas redes.

Durante as enchentes no Rio Grande do Sul, ele divulgou uma série de postagens falsas em suas redes sociais, tendo sido alvo do Ministério Público do estado gaúcho, que o mandou apagar as publicações sob multa diária de  R$ 100 mil. 

No mesmo período, Nego Di ofendeu a primeira-dama Janja com palavras de baixo calão, afirmando que ela seria "p*ta de carteira assinada".