O ex-participante do Big Brother Brasil (BBB) Nego Di, pretenso humorista que foi preso no domingo (14) em Santa Catarina por suspeita de estelionato e lavagem de dinheiro, em inúmeras ocasiões debochou dos golpes que praticou contra clientes que compravam em sua loja online e nunca recebiam os produtos.
A informação sobre os deboches de Nego Di já tinham sido reveladas pela Polícia Civil, mas agora os vídeos citados nas investigações passaram a circular nas redes sociais.
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Em coletiva de imprensa, o diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana, Cristiano Reschke, afirmou que há vídeos "em que Nego Di se manifesta de forma debochada brincando em relação às pessoas que não receberam os bens, enquanto se desloca em carro de luxo, uma Mercedes branca, conversível, chegando em seu restaurante".
Em um dos vídeos em questão, Nego Di aparece em um podcast dando risada dos clientes que não recebiam os produtos comprados em sua loja virtual.
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"As pessoas me me perguntam: 'é confiável essa loja?'. É minha loja. Se não chegar é usuário não encontrado (risadas)", dispara.
Em outro vídeo, Nego Di aparece chegando em uma casa com uma Mercedes branca e conversível enquanto amigos do pretenso humorista fazem piada.
"Ninguém mandou comprar televisão, ninguém mandou comprar ar condicionado. Os guri não querem nem saber", afirmam. Nego Di, por sua vez, debocha dos golpes: "Tá chegando [em referência aos produtos não entregues]".
Assista:
"Roubar pessoas pobres"
O empresário e influenciador Felipe Neto voltou a comentar sobre a "índole" do ex-participante do Big Brother Brasil (BBB) Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, após a prisão do pretenso comediante neste domingo (14).
Nego Di foi preso pela Polícia Civil em Jurerê Internacional (SC) por suspeita de estelionato. Na sexta-feira (12), o ex-BBB foi alvo de operação do Ministério Público (MP) por suspeita de lavagem de dinheiro, além de ser acusado de dar calote em vendas online.
Felipe Neto já havia reagido à operação do MP, visto que chegou a ser alvo de ataques e fake news de Nego Di, como na ocasião em que o pretenso humorista havia sugerido que o influenciador queria "se promover" com a tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul.
“Um dos orgulhos da minha vida é ver a índole das pessoas que vivem fazendo publicações contra mim. Foi realizada busca e apreensão na casa do ‘humorista’. A esposa foi presa em flagrante por posse de arma de uso exclusivo das Forças Armadas. 2 veículos de luxo apreendidos”, havia declarado Felipe Neto.
Após a prisão de Nego Di, o influenciador "traduziu" um dos crimes de estelionato pelo qual o ex-BBB é acusado: "roubar" pessoas pobres.
"Nego Di está preso. Segundo a polícia, ele abriu uma loja online em 2022 vendendo produtos muito baratos, como TVs de 65 polegadas por 2 mil. Só q os produtos não existiam. A polícia informou q 5 MILHÕES foram roubados. Estamos falando de roubar gente pobre q sonha com uma boa promoção pra conseguir uma TV, um ar condicionado, uma geladeira", escreveu Felipe Neto.
"Esse é o homem que gritou ser 'de bem' e 'exemplo pra família'. A tal 'família' é ele preso por estelionato e a esposa presa por posse ilegal de arma. Ele ainda está sendo investigado por lavagem de dinheiro de 2 milhões de reais por rifas ilegais. 5 milhões de reais tirados de pessoas q sonhavam com uma TV nova. É realmente o cúmulo da podridão que uma alma pode atingir", prosseguiu o influenciador.
Confira:
Prisão de Nego Di
O suposto comediante Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, foi preso neste domingo (14) pela Polícia Civil por suspeita de estelionato.
Na sexta-feira (12), o humorista foi alvo de operação do Ministério Público por suspeita de lavagem de dinheiro, além de ser acusado de dar calote em vendas online.
Contudo, a prisão se refere a outra acusação. Segundo a Polícia Civil, Nego Di tinha uma loja virtual. Clientes compravam os produtos, mas nunca receberam os bens.
As movimentações financeiras do influenciador em 2022 passam de R$ 5 milhões. A loja "Tadizuera" ficou online por alguns meses, até ser retirada do ar por ordem da Justiça.
O influenciador nega as acusações e afirma que devolverá o dinheiro e os produtos para consumidores que foram lesados.
Outras acusações
No caso de lavagem de dinheiro, Di é investigado por um esquema de rifas nas redes sociais. De acordo com a polícia, Nego Di vendiam rifas nas redes sociais sob a afirmação de que quem comprasse mais números ganharia um prêmio. As recompensas, contudo, nunca chegariam aos ganhadores.
A esposa de Di, que também é acusada de participar do esquema, Gabriela Sousa, foi presa em flagrante por estar com uma arma de uso restrito pelas Forças Armadas.
Fake news
Além das suspeitas de crimes no âmbito econômico, Di também tem sido alvo de investigação por divulgação de desinformação nas redes.
Durante as enchentes no Rio Grande do Sul, ele divulgou uma série de postagens falsas em suas redes sociais, tendo sido alvo do Ministério Público do estado gaúcho, que o mandou apagar as publicações sob multa diária de R$ 100 mil.
No mesmo período, Nego Di chamou a primeira-dama Janja de palavros de baixo calão, afirmando que ela seria "p*ta de carteira assinada".