O PRTB, partido de Pablo Marçal, não paga aluguel há três meses das salas comerciais que ocupa em um prédio onde funciona seu diretório estadual em São Paulo. Com a dívida ultrapassando R$ 220 mil, o partido foi alvo, na Justiça, de uma ação de despejo nesta quarta-feira (4).
De acordo com informações, divulgadas pela Folha de S. Paulo, o partido de Marçal deixou de pagar os aluguéis de julho, agosto e setembro, totalizando R$ 163 mil em dívidas, somados à multa de R$ 60 mil. A empresa proprietária do local acionou a Justiça após enviar uma notificação extrajudicial no dia 22 de agosto, mas não obter resposta do partido.
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"Não estão conseguindo nem administrar as contas do partido, como vão administrar a cidade?", questiona Giovanni Gentili, advogado dos proprietários.
O responsável pelo contrato de aluguel é Leonardo Alves de Araújo, mais conhecido como Leonardo Avalanche, presidente do partido e principal fiador da campanha de Marçal. Essa não é a primeira ação de despejo contra Avalanche, que também possui uma dívida de R$ 334 mil por atraso no pagamento de aluguel, IPTU e multas por ocupação irregular de uma mansão em Goiânia.
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O histórico de Avalanche também revela que ele já ameaçou os proprietários do imóvel em Goiânia, através de mensagens no WhatsApp. "Se você ficar aí perturbando minha mulher, acho melhor você chamar mais gente que você vai ver meu batalhão aí”, diz uma das mensagens enviadas em fevereiro, após tentativa frustrada de vistoria.
Áudios comprometedores
Em agosto, também foram divulgados pela Folha de S. Paulo áudios que mostram que Avalanche possui ligação com membros do PCC, maior facção criminosa do país.
Ainda nesta quarta-feira (4), após afirmar que a presença de Avalanche lhe causava constrangimento, Marçal apareceu ao lado do padrinho político em um ato de campanha. O ex-coach defendeu Avalanche argumentando que seu fiador político é uma vítima da imprensa. Marçal subiu o tom ao ameaçar processar veículos de comunicação e jornalistas que façam qualquer associação do nome do presidente do PRTB com a organização criminosa PCC, Primeiro Comando da Capital. Leia mais nesta reportagem.
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