O candidato do PRTB à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, fez uma declaração polêmica, considerada por alguns como uma ameaça, durante uma sabatina do site UOL nesta quarta-feira (4). Ao ser questionado sobre as eleições de 2026, o "coach" de extrema direita, que já foi preso por integrar uma quadrilha de fraude bancária e tem entre seus correligionários pessoas ligadas ao crime organizado, condicionou sua candidatura à presidência à morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Eu nunca escondi que eu serei presidente do Brasil. Eu vou mudar São Paulo para mostrar para o mundo inteiro, não é só para o Brasil, que é possível o brasileiro ser o povo mais próspero da Terra (...) Sem Bolsonaro elegível, a gente tem um Tarcísio, a gente tem um Zema para vir de vice, que já pediu, tem bons governadores, o Ratinho, tem uma turma muito boa. Mas, se o Lula morrer, eu saio candidato a presidente do Brasil. Então, a única condição que eu vou colocar vai ser essa. Por quê? Eu acredito que o Bolsonaro vai voltar a ter elegibilidade. É remota, mas eu acredito", afirmou Marçal.
"Eu deixo para o povo de São Paulo saber. Com a morte do Lula, pode escrever assim na notícia: se Lula morre, porque ninguém dura para sempre, eu viro candidato a presidente", completou.
A fala de Marçal sobre a morte de Lula tem sido interpretada como um "apito de cachorro" — uma mensagem aparentemente inofensiva, mas que visa mobilizar ou influenciar seus seguidores com ideias extremas. O tom dúbio permite que, em caso de contestação, ele alegue má interpretação da declaração.
Veja vídeo:
Marçal diz que ninguém ganha de Lula em 2026
Em entrevista ao programa "Roda Viva", da TV Cultura, na última segunda-feira (2), Pablo Marçal afirmou que ninguém venceria Lula na eleição para a presidência em 2026.
"É difícil qualquer pessoa hoje no Brasil vencer o presidente Lula. Ele, sem a máquina na mão, venceu o presidente Bolsonaro com a máquina na mão [...] a não ser que ele tenha o comportamento do Biden pelo envelhecimento, com todo respeito, a idade chega pra todo mundo [...] se ele estiver do jeito que ele está hoje [bem de saúde] dificilmente, na minha avaliação, alguém vence ele [...] Ninguém ganha dele [Lula]”, afirmou o candidato.
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