Pablo Marçal (PRTB), ex-coach e candidato à prefeitura de São Paulo, participou nesta quarta-feira (4) de um ato de campanha ao lado do presidente do seu partido, Leonardo Avalanche. Foi a primeira vez que a dupla foi vista em público desde que o influenciador digital contou ter se afastado de Avalanche porque a presença dele lhe causava constrangimento.
Marçal defendeu Avalanche argumentando que seu fiador político é uma vítima da imprensa. O ex-coach subiu o tom ao ameaçar processar veículos de comunicação e jornalistas que façam qualquer associação do nome do presidente do PRTB com a organização criminosa PCC, Primeiro Comando da Capital.
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“[Leonardo Avalanche] não tem nada a ver com o PCC, coitado”, disse Marçal ao lado do presidente do PRTB, durante agenda de campanha em uma pizzaria no Tatuapé, zona leste de São Paulo.
Marçal chegou a aconselhar o seu principal fiador publicamente a se afastar da direção do PRTB. Na época, o ex-coach chegou a admitir constrangimento em participar de eventos com a presença de Avalanche.
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“Falei mesmo para que, tendo a possibilidade, outra pessoa assumisse [o comando da sigla]. Mas Avalanche tem me honrando até aqui”, explicou o ex-coach.
Fórum teve acesso ao áudio divulgado em reportagem da Folha de S. Paulo no qual uma voz identificada como sendo a de Avalanche sugere a um suposto correligionário que ele teria sido o responsável pela soltura de André do Rap – traficante foragido e liderança do PCC. No diálogo, o presidente do PRTB tentava dar prova de poder e influência para liderar a legenda antes das eleições municipais de São Paulo.
“Não sou eu naquele áudio. Desconheço aquele áudio, nem sei quem é”, explicou Avalanche. “Estou há apenas 70 dias em São Paulo, não conheço ninguém e não tenho ligação com essa sigla aí”, acrescentou.
Pablo Marçal ainda contou – sem revelar nomes de partidos ou de pessoas – que foi oferecido dinheiro ao PRTB para que ele não fosse escolhido como candidato à prefeitura da capital paulista.
“Nenhum outro partido resistiria receber a quantidade de propostas em dinheiro que esse cara ouviu para me derrubar”, revelou o candidato. “PCC agora é Patriotas Contra o Comunismo”, desdenhou o ex-coach na esperança de viralizar outro dos seus cortes nas redes sociais.