Em entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira (18), o pré-candidato à prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) afirmou que sua campanha não deixará nenhuma fake news impune durante o período eleitoral.
Na coletiva, a Fórum perguntou ao pré-candidato qual será a estratégia da campanha para agir contra as fake news, um método eleitoral usado pelo bolsonarismo que se divide entre o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB).
Te podría interesar
"No Brasil, existe um campo político de extrema direita que joga com mentiras como principal ferramenta de eleição", disse o pré-candidato à Fórum. "Vocês foram vítimas disso, jornalistas foram atacados, expostos publicamente por esse mesmo campo, sofreram fake news, [alvos de] tentativas de desmoralização, monitorados pela Abin 'paralela', ou seja, infelizmente não é novidade, mas nós não podemos naturalizar", afirmou.
Nesta quarta (17), a campanha do psolista entrou com uma ação contra Marçal após o candidato de extrema direita espalhar mentiras sobre Boulos.
Te podría interesar
Durante um podcast nesta semana, o coach, que está em quarto nas pesquisas, afirmou que Boulos seria uma "imobiliária irregular", fazendo uma acusação falsa sobre a cobrança de aluguéis em ocupações do MTST. A campanha progressista entrou com uma ação para punir Marçal.
Boulos não citou diretamente o candidato do PRTB, mas foi enfático: "Não vai passar nada. Vai ter reação, vai ter ação judicial, vai ser desmentido, vamos acionar as agências de checagem a todo momento... A gente não pode permitir que a democracia seja devastada por mentiras, nós não podemos permitir que a eleição da maior cidade do Brasil seja pautada por gente mentirosa, por gente 171 e picareta, não pode", afirmou.
Contratos de ônibus
O pré-candidato também afirmou que vai "passar a limpo" os contratos de ônibus da cidade de São Paulo, caso seja eleito prefeito, especialmente após as suspeitas do envolvimento do PCC em empresas ligadas a aliados de Ricardo Nunes.
"Nós vamos passar a limpo. Não dá para você ter um serviço em que o subsídio nos últimos anos aumentou de 3 bilhões para quase 6 bilhões e você teve redução de 20% das viagens. O que é isso?", disse Boulos.
"As empresas estão recebendo mais e entregando menos, e a população esperando mais tempo no ponto, indo em ônibus superlotado. Agora, com o tema de investigações fortes, com a entrada do crime organizado nesses contratos, nós vamos passar a limpo. É isso que nós queremos, com firmeza e com transparência, para a cidade toda poder acompanhar", completou.