Líder nas pesquisas de intenção de votos na disputa à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL) abriu processo contra o "coach" Pablo Marçal (PRTB) por "veiculação de fake News" com "intenção difamatória e caluniosa".
A ação, impetrada na Vara Cível de Santo Amaro, pede indenização de R$ 50 mil pela mentira propagada por Marçal de que Boulos cobraria aluguel de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que tem o deputado como um das principais lideranças.
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"O Boulos, ninguém sabe, mas eu vou revelar isso nessa campanha, ele é a maior imobiliária irregular do Estado de São Paulo. Ele coloca a família lá - pode perguntar para as famílias, eu fui, eu tô indo em tudo – cobra R$ 700 de aluguel desse povo. Tem base um cara desse?", mentiu Marçal em entrevista a “Os Sócios Podcast”, que tem mais de 1,7 milhão de inscritos no Youtube.
Na ação, os advogados de Boulos afirmam que "estamos diante de evidente criação de fake news e divulgação de desinformação, com potencial de alcançar milhões de seguidores nas redes sociais e no youtube, inclusive com potencial de alterar os resultados eleitorais, o que não pode mais ser tolerado".
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"As palavras mentirosas proferidas pelo réu Pablo Marçal em um canal de youtube com mais de 1 milhão 170 mil inscritos, e posteriormente replicadas em suas redes sociais que possuem mais de 11 milhões de seguidores, visam criar uma realidade paralela para engajar seus seguidores em narrativas mentirosas, de difamação, calúnias e ataques aos seus opositores políticos", diz o texto.
Na representação, Boulos lembra ainda os atos golpistas de 8 de janeiro e afirma que é "importante frisar que o réu Pablo Marçal é seguidor de primeira hora do bolsonarismo e tem demonstrado adotar a política das fake news como forma de se projetar e atacar adversários".
Os advogados pedem indenização de R$ 50 mil e a exclusão da entrevista do canal do youtube, além da "retirada de todas as postagens que veiculem a mesma fake news em qualquer das redes sociais do réu, seja Instagram, facebook ou Twitter".