Pelas redes sociais, o ministro da Justiça Flávio Dino anunciou na manhã desta quarta-feira (1º) uma mega-operação da Polícia Federal (PF) em parceria com o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Rio de Janeiro que cumpre 13 mandados de prisão na comunidade de Rio das Pedras, que é dominada por milícia, na zona oeste da capital fluminense.
"Policia Federal e GAECO deflagram mais uma operação contra milícia no Rio de Janeiro, com o cumprimento de 28 mandados de prisão e de busca e apreensão", anunciou Dino.
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Cerca de 80 policiais federais fortemente armados cumprem, além das prisões, 15 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada do TJ/RJ, em diversos endereços da capital fluminense e nos municípios de Saquarema e Angra dos Reis.
Segundo a PF, suspeitos de liderarem a milícia de Rio das Pedras foram presos na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Além deles, três homens que faziam a segurança dos alvos foram presos em flagrante: dois policiais militares da ativa e um militar da reserva do exército.
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A investigação teve início em dezembro de 2021, após a prisão em flagrante de um homem responsável pela contabilidade e gerência da milícia no interior da comunidade de Rio das Pedras.
Ao todo, 17 integrantes do grupo criminoso já foram denunciados pelo Ministério Público pelos crimes de organização criminosa de natureza paramilitar voltada a dominação de território, extorsões, homicídios, tortura, como forma de garantir o monopólio na exploração de bens essenciais e serviços públicos, bem como cobrança de taxas de moradores e comerciantes.
Nesta terça-feira (31), a PF e o Gaeco prenderam dois milicianos, Taillon de Alcântara Pereira Barbosa e Dalmir Barbosa, pai e filho. Tailon era o alvo dos traficantes que executaram, por engano, o médico Perseu Ribeiro de Almeida, com outros dois colegas, em um quiosque na Barra da Tijuca, no início deste mês.
O nome da operação Embryo, em inglês, significa Embrião e faz referência a primeira milícia estruturada e com atuação em Rio das Pedras. A região é conhecida por ser um reduto bolsonarista.
Rio das Pedras foi onde os filhos e Jair Bolsonaro (PL) tiveram votações expressivas ao longo das eleições. A comunidade também foi onde Fabrício de Queiroz se escondeu durante as denúncias de rachadinhas no gabinete de Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
Adriano da Nóbrega, que teve mãe e ex-esposa empregada no gabinete de Flávio e foi homenageado pelo clã, fazia parte do Escritório do Crime, braço armado da milícia de Rio das Pedras.