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Chefe da milícia de Rio das Pedras, Jorge Alberto Moreth, o Beto Bomba afirmou em conversa telefônica com o vereador Marcelo Sicilliano (PHS) em fevereiro deste ano que o assassinato da vereadora Marielle Franco, do PSol, foi encomendado por Domingos Brazão ao Escritório do Crime, braço armado da milícia que atua na zona Oeste do Rio de Janeiro, que é comandado pelo ex-PM, Adriano Magalhães da Nóbrega.
Adriano é amigo do policial militar reformado Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). O ex-capitão foragido foi homenageado pelo filho de Jair Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e tinha a mulher e a mãe nomeadas no gabinete de Flávio, indicadas por Queiroz.
Na conversa com Sicilliano, Beto Bomba afirma que Marielle foi executada por integrantes do Escritório do Crime, sem o consentimento de Adriano.
"Só que o Sr. Brazão veio aqui fazer um pedido para um dos nossos aqui, que fez contato com o pessoal do Escritório do Crime, fora do Adriano, sem consentimento do Adriano. Os moleques foram lá, montaram uma cabrazinha, fizeram o trabalho de casa, tudo bonitinho, ba-ba-ba, escoltaram, esperaram, papa-pa, pa-pa-pa pum. Foram lá e tacaram fogo nela [Marielle]", afirmou, segundo reportagem do Portal Uol neste domingo (27).
O miliciano ainda diz, no entanto, que a execução teria sido feita por três matadores de aluguel ligados ao Escritório.
"Mad, Macaquinho, que está foragido, e Leléo. E tinha uma guarita do... e tinha uma guarita do... tinham uma guarita de um oficial dando suporte para eles, se eles tomassem um bote no meio do caminho, que é o Ronald, que ia soltar, salvar os moleques, mas isso é a pedido do malandragem, do Sr Brazão, tudo isso saiu do Sr Brazão", disse.
Há um ano, Leléo e Macaquinho foram denunciados pelo MP-RJ por chefiarem uma milícia no Morro do Fubá, na zona norte da capital fluminense. Mad já teve seu nome relacionado ao Caso Marielle. Ele é suspeito de integrar o grupo de quatro homens que tentou roubar as armas de uma casa de Ronnie Lessa, um dia depois de o PM da reserva ter sido preso sob acusação de matar a vereadora e seu motorista.