Em um primeiro trecho de vídeo divulgado do Instagram, é possível ver uma moça jovem e loira, nervosa com alguma situação, se filmando. Ela diz “olha a minha boca sangrando”, quando uma mão aparece do nada e a acerta em cheio no meio do seu rosto. Em seguida, um homem forte sem camisa aparece e corta o vídeo.
No próximo trecho, a mulher chora em cima de uma cama de casal. Dessa vez, quem filma é o homem. Ela aparece focalizada de cima, chorando, enquanto houve chacota e ameaças do homem. "Chorando sem eu ter feito nada?”, pergunta, para em seguida emendar que a mulher não para de “fazer escândalo”. Aos prantos, ela responde: "só quero ir embora".
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Na sequência, um novo trecho em que a moça se filma, dessa vez com a boca inchada e sangrando. “Olha, de novo! Vejam o que ele está fazendo comigo”, diz. O homem responde ao fundo, aos berros: “sozinha, você fez isso sozinha”. Em um último trecho, é possível ouvir o grito abafado da garota, provavelmente enquanto é sufocada pelo homem. Ele diz, bravo: “Não grita Amanda. Ou você para ou acabou!”
As imagens, que foram veiculadas pelo G1, são da modelo e influenciadora digital Amanda Souza e do segurança Uanderglei da Conceição, mais conhecido como Vanderlei Bambam, que acabou preso em flagrante nesta sexta-feira (12) em Santa Cruz, na zona oeste do Rio, e levado para o Presídio de Benfica, na zona norte. Uanderglei mantinha a moça em cárcere privado desde a última quarta-feira (10), além de agredi-la. A divulgação dos vídeos foi determinante para que ela fosse resgatada.
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Amanda teria dito à polícia que recebia ameaças de perseguição e morte caso fugisse. Essa não foi a primeira vez que Uanderglei agrediu mulheres com as quais gostaria, em tese, de se relacionar. Ele tem passagens na polícia em 2017 e em 2021 pela mesma razão, com outras mulheres. No ano passado foi a vez da também influenciadora Lays Peace ir à polícia registrar queixas de agressão do então namorado.
De acordo com reportagem da TV Globo são 7 pedidos de socorro de mulheres por hora no Rio de Janeiro.
Se você é mulher e sofre violência doméstica, ligue 180 e peça ajuda. Para mais dúvidas, acesse aqui.