ASSASSINATO

Condenada recebe pensão por morte do marido que mandou assassinar

Eliana Freitas Areco Barreto, ré confessa do caso conhecido como ‘Crime da Berrini’, já recebeu quase R$ 500 mil do INSS

Luiz Eduardo e sua então esposa Eliana Freitas.Créditos: Redes Sociais
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A professora Eliana Freitas Areco Barreto, de 56 anos, ré confessa condenada a 21 anos pelo assassinato do próprio marido, o empresário do empresário Luiz Eduardo de Almeida Barreto, recebe pensão pela morte dele.

O caso, ocorrido em junho de 2015, ficou conhecido como o ‘Crime da Berrini’. Na ocasião, o empresário estava com 48 anos. Desde então, segundo informações da coluna True Crime, do jornal O Globo, ela já recebeu exatos R$ 457.764,48 — dinheiro que cai numa conta-corrente individual que Eliana mantém no Banco Mercantil do Brasil.

O valor continuou sendo pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) mesmo após a condenação de Eliana pelo Tribunal do Júri de São Paulo, em dezembro de 2020.

Eliana declarou, ao solicitar o benefício, que um dos seus filhos era menor de idade na época do crime e dependia do pai:

“Tenho dois filhos. Recebo cartas só de um deles. O outro ficou triste porque eu mandei matar o pai dele”, disse ela a uma psicóloga da prisão durante o exame criminológico.

Durante o julgamento, ela confessou o crime:

“Mandei matar porque não queria que ele sofresse com a nossa separação”, disse ao juiz.

O empresário foi morto a tiros quando voltava de um almoço, em uma travessa da Avenida Luis Carlos Berrini, no Brooklin, área nobre de São Paulo.

O que diz o INSS

O INSS confirmou ao Globo que Eliana recebe a pensão. Segundo o órgão, “no momento da solicitação do benefício, e pelos documentos apresentados, não há como detectar se a beneficiária foi a causadora da morte do instituidor da pensão”.

“O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, avalia que é preciso criar uma normativa para que esses casos sejam analisados”, diz ainda a nota.

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