Uma megaoperação conjunta do Ministério Público (MP), Receita Federal, Polícia Militar (PM), Polícia Civil, Polícia Federal (PF) e Ministério Público do Trabalho (MPT) foi às ruas na manhã desta terça-feira (6), em S??o Paulo. O objetivo é prender três agentes e um ex-agente da Guarda Civil Metropolitana do prefeito Ricardo Nunes que atuam na região da Cracolândia. Entre os suspeitos estão ainda um casal de traficantes de drogas e um funcionário de uma empresa.
Os envolvidos são suspeitos de integrarem milícia acusada de extorquir dinheiro de comerciantes da região. Já o casal de traficantes é suspeito de participar da venda de armas ilegais e de cometer exploração sexual e da prostituição.
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São cumpridos ainda 117 mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos suspeitos, além de outros de sequestro e bloqueio de bens e suspensão de atividade econômica de prédios comerciais.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou através de nota que, "além da perda da licença, os imóveis serão lacrados pelas autoridades municipais para garantir que a atividade ilícita não volte a acontecer no local".
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Poder de influência e controle do PCC
Segundo a investigação, foi possível “qualificar a região central de São Paulo como um ecossistema de atividades econômicas ilícitas, no qual as organizações criminosas concorreriam para que o Primeiro Comando da Capital (PCC) exerça poder de influência e controle sobre a ocupação e exploração do território.”
O juiz Leonardo Valente Barreiros, da 1ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro, estabeleceu também um habeas corpus coletivo (salvo conduto) em favor dos dependentes químicos durante a operação. Segundo a decisão, o indivíduo que portar até 20 pedras de crack ou estiver em situação de miséria não poderá ser preso em flagrante. O juiz afirma que isso visa proteger a dignidade humana.
Com informações do g1