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Apagão cibernético global afetou sistemas internos do STF

Pane mundial deixou inacessíveis centenas de estações de trabalho da Corte, mas principais serviços já estão sendo reativados

Sistemas do STF foram afetados por apagão global.Créditos: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
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O Supremo Tribunal Federal (STF) informou que seu sistema foi afetado pelo apagão cibernético global que ocorreu na madrugada desta sexta-feira (19). 

O apagão retirou o site do STF do ar e afetou sistemas judiciais e administrativos, de acordo com o comunicado da Corte, mas o portal voltou a operar por volta das 7h. No entanto, serviços de apoio, usados pelo público interno, ainda estão sendo reativados

"Assim que tudo estiver completamente normalizado, o público externo e o público interno que utilizam os serviços do STF serão comunicados", diz a nota.

Já em comunicado interno, ao qual o  G1 teve acesso, o STF afirmou que “o problema também deixou inacessíveis centenas de estações de trabalho que precisam ser recuperadas manualmente, uma a uma, pela equipe técnica, uma vez que a empresa não encontrou uma solução que pudesse ser aplicada de forma centralizada". 

O STF ainda comunica que quem precisar de apoio técnico, deve procurar o help desk. Dúvidas sobre eventuais impactos em processos judiciais podem ser esclarecidas nos canais de atendimento processual. Os canais da Ouvidoria do STF também estão disponíveis para sugestões ou reclamações.

O que causou o apagão

Na madrugada desta sexta-feira (19), um apagão cibernético global causou pane em diversas operações e serviços pelo mundo. Empresas de comunicação, companhias aéreas, bancos, redes de TV, hospitais e outros estabelecimentos relataram falhas e prejuízo em seus sistemas. 

A falha mundial foi causada por uma atualização de serviço da empresa de segurança cibernética CrowdStrike, que presta serviços para a Microsoft. A informação foi confirmada pelo próprio CEO da CrowdStrike, George Kurtz.

De acordo com o comunicado, a pane aconteceu no software conhecido como sensor "Falcon", amplamente utilizado, e que atingiu a Azure, plataforma de armazenamento de dados em nuvem da Microsoft. 

Até o momento, a situação está controlada e os serviços estão sendo retomados. 

Prenúncio de apagões maiores

Ao programa Fórum Café, o analista de dados da Fórum Edgard Piccino fez uma avaliação do fato, que já é considerado o maior apagão digital da história digital.

"A gente sabe que o Windows tem muitos problemas de segurança. E, por isso, muitas corporações compram serviços online de defesa cibernética. Esse apagão começou num serviço desse, chamado Cloudstrike, muito utilizado por grandes corporações. O sistema funciona bem. Mas aí esse sistema caiu em uma atualização e ele gerou um problema no Windows que ficou em looping na tela azul. Aí, caiu a atualização em nuvem da Microsoft e isso agravou o problema. Essa queda em cadeia começou e ainda não parou. O problema não foi mitigado", afirmou.

E ainda fez uma previsão para o futuro: "Demorou para isso acontecer e é o prenúncio de apagões maiores. Vai chegar um dia que a gente vai ter de fato um apagão global. Vai ficar fora do ar energia, comunicação, internet e televisão. Haverá um apagão global um dia", confirmou.

Confira a entrevista completa de Edgard Piccino ao Fórum Café: