ENTENDA

Apagão global: quais os direitos dos passageiros com atraso nos voos

Pane cibernética da Microsoft provocou colapso em aeroportos internacionais e longas filas de espera

Passageiros tiveram voos cancelados.Créditos: Lucas Oliveira/Pexels
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A falha global nos sistemas da Microsoft causou um colapso significativo em empresas, aeroportos, hospitais e meios de comunicação, resultando em grandes atrasos, cancelamentos e longas filas em aeroportos ao redor do mundo. A situação gerou frustração e um crescente número de pessoas afetadas que acreditam que as companhias aéreas deveriam compensá-las pelos danos causados.

As plataformas de reclamação europeias, como Reclamador.es e Airhelp, avaliaram a situação e concluíram que os atrasos e cancelamentos ocorridos nos aeroportos de Aena devido à falha da Microsoft são classificados como "força maior". Isso significa que as companhias aéreas não seriam responsáveis por reembolsos por fatores fora de seu controle, como problemas tecnológicos globais. São mais de 1,4 mil voos cancelados pelas companhias, de acordo com a empresa de análise de aviação Cirium

A Facua, uma organização de defesa dos consumidores, argumenta que, mesmo em casos de força maior, os passageiros têm direito a certos cuidados básicos. Os afetados devem receber assistência em forma de alimentação e alojamento em hotel, caso os atrasos e cancelamentos de voos resultem em longas esperas. O professor Ronaldo Lemos comentou no X, antigo Twitter, o caos desencadeado pela falha da Microsoft nos aeroportos de Roma, na Itália.

As companhias aéreas têm a obrigação de informar os passageiros sobre seus direitos em casos de problemas. Conforme estabelecido no artigo 14 do Regulamento Europeu 261/2004, "a transportadora aérea responsável pela operação de um voo que recuse o embarque ou cancele um voo deve fornecer a cada passageiro afetado um formulário detalhando as regras de compensação e assistência previstas por este Regulamento".

O Sindicato Nacional das Agências de Viagens (UNAV) ainda divulgou um comunicado importante aos seus associados nesta sexta-feira, detalhando as responsabilidades das companhias aéreas diante de situações “inevitáveis e extraordinárias” como as provocadas pela recente falha global de TI. 

Entenda

Uma pane generalizada nos sistemas informáticos causou uma interrupção global nesta sexta-feira (18), afetando setores essenciais ao redor do mundo. Nos Estados Unidos, a aviação foi severamente prejudicada, com centenas de voos atrasados ou cancelados. No Reino Unido, as transmissões de televisão foram interrompidas, enquanto na Austrália, as telecomunicações enfrentaram problemas de conectividade. Até o momento, não se sabe exatamente o que causou o apagão global.

De acordo com o Downdetector, um site colaborativo que monitora o status de serviços online, diversas instituições bancárias e empresas de telecomunicações ao redor do mundo registraram instabilidades. American Airlines, Delta Airlines, United Airlines e Allegiant Air anunciaram a suspensão de seus voos menos de uma hora após a Microsoft declarar ter resolvido uma falha significativa em seus serviços de nuvem. A interrupção tecnológica afetou várias companhias aéreas de baixo custo, gerando um efeito cascata que levou as grandes operadoras a tomarem medidas preventivas. Leia mais nesta matéria da Fórum.

*Com informações de El Mundo