A Porsche apontou uma adulteração no carro de Fernando Sastre de Andrade Filho, preso sob acusação de ter provocado a morte do motorista de aplicativo, Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos.
Segundo laudo técnico auxiliar produzido pelo suporte técnico da montadora, havia um escapamento “não original” acoplado ao motor do veículo, “implicando em aumento de ruído e potência com a alteração da passagem dos gases de escapamento”.
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Sastre é acusado de, no momento do acidente, estar a 136 km/h na Avenida Salim Farah Maluf, onde a velocidade máxima permitida é de 50 km/h.
A velocidade do veículo no momento a colisão foi constatada através da leitura da unidade eletrônica do PSM (Porsche Stability Management), um sistema de controle de estabilidade. O sistema assume o controle do veículo em situações como a derrapagem ou retirada abrupta do pé no acelerador.
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O teste foi realizado em um pátio da fabricante, na presença de um especialista do suporte técnico da Porsche, além da perita criminal e de peritos do Núcleo de Acidentes de Trânsito.
A análise da perícia afirmou:
“Cabe ressaltar que a velocidade obtida por meio da leitura do módulo pela Porsche foi de 136 km/h, cujo resultado é condizente com a estimativa obtida pelo Núcleo de Apoio Logístico.”
Relembre o caso
No dia 31 de março, Fernando Sastre atropelou e matou o motorista de aplicativo Ornalda da Silva, na Avenida Salim Farah Maluf, enquanto dirigia a 156km/h. O trabalhador morreu na hora. Já o amigo e carona de Sastre, o estudante Marcus Vinicius, ficou gravemente ferido.
O motorista foi liberado pela polícia militar, a pedido de sua mãe, Daniela Cristina de Medeiros Andrade, da cena do crime sem realizar o teste do bafômetro. Ela alegou que o levaria ao hospital, mas nunca compareceu ao local. Ela foi indiciada como coautora do crime.