De olho nos prejuízos decorrentes do colapso climático do Rio Grande do Sul, a Fraport, empresa concessionária do aeroporto Salgado Filho em Porto Alegre, pediu à Anac (Agência Nacional de Aviação) a reavaliação do contrato de concessão.
De acordo com matéria publicada nesta sexta-feira (24) na CNN Brasil, o pedido se refere a possibilidade de rever o contrato uma vez que a empresa ainda contabiliza os prejuízos das inundações.
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A empresa trata o pedido como “reequilíbrio econômico-financeiro” e, de antemão, sugere três opções para a Anac: descontos no pagamento da outorga feito pela Fraport à União, prolongamento do contrato ou aumento de tarifas. Nesse último caso, os atingidos serão passageiros e empresas aéreas.
Em nota, a Anac informou que analisa o pedido e que reconhece a legitimidade da sua motivação.
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O aeroporto Salgado Filho foi concedido à empresa alemã em março de 2017 por R$ 290 milhões, em concessão válida até 2042. À época, o aeroporto tinha um tráfego anual de 99 milhões de passageiros e a Fraport se comprometeu a investir R$ 1,9 bilhão ao longo do período de vigência do contrato.
Na primeira semana de maio o Brasil assistiu ao Salgado Filho encher de água. Construído às margens do Guaíba, lago onde deságuam praticamente todos os grandes rios de um estado chamado “Rio Grande" do Sul, em poucos dias o aeroporto alagou como nunca. A pista de pouso e o próprio hall ficaram tomados pela água lamacenta.
Em 6 de maio, quando suas pontes de embarque já se confundiam com um cais de porto em imagens aéreas e os aviões pareciam boiar na inundação, todos os voos foram cancelados por tempo indeterminado. A reabertura deve ocorrer só a partir de novembro, conforme anunciado nos últimos dias por Paulo Pimenta, o ministro extraordinário de Apoio à Reconstrução do RS.