RIO GRANDE DO SUL

Gaúchos consideram fake news como entraves na atenção ao colapso climático, diz pesquisa

A Advocacia-Geral da União assinou um protocolo de combate a desinformação sobre as inundações com as plataformas digitais

Enchentes devastaram o Rio Grande do Sul em maio de 2024.Créditos: Ricardo Stuckert/PR
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Uma pesquisa AtlasIntel realizada no Rio Grande do Sul a pedido da CNN Brasil e publicada nesta quinta-feira (23) mostra que 65,2% dos gaúchos rejeitam as fake news relacionadas ao colapso climático do Estado e as apontam como entraves ao atendimento dos atingidos.

Em contrapartida, 24,7% não acreditam que as fake news tenham atrapalhado significativamente a atenção ao desastre. Outros 10,1% não souberam responder.

O instituto ouviu 3.920 moradores do Rio Grande do Sul entre 14 e 21 de maio. A margem de erro é 2,2 pontos percentuais.

Logo no começo dos alagamentos, uma série de fake news começou a circular nas redes sociais acerca do colapso gaúcho. Na maioria dos casos, questionavam o papel do Governo Lula e do próprio Estado brasileiro na atenção aos atingidos, com alegações de que veículos com doações estariam sendo impedidos de circular, entre outras.

As narrativas, espalhadas por figuras Eduardo Bolsonaro e Pablo Marçal, tinham o efeito de desestimular as doações. Na última segunda-feira (20) a Advocacia-Geral da União assinou um protocolo de combate às fake news sobre as inundações com as plataformas digitais.