Uma turista de 25 anos denunciou ter sido vítima de estupro coletivo na boate Portal Club, localizada na Lapa, bairro boêmio no centro do Rio de Janeiro. A denúncia foi feita nesta terça-feira (2) à Comissão da Mulher da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
A deputada estadual Renata Souza (PSOL-RJ) foi quem recebeu o denúncia e deu procedimento ao processo, acompanhando a vítima até a Delegacia da Mulher. "Um crime terrível e que precisa ser investigado com todo rigor", disse a deputada em publicação no X (antigo Twitter).
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Em entrevista à CNN, a parlamentar afirmou que a solicitação das câmeras de segurança é medida fundamental para identificar os agressores.
“A gente espera que as investigações ocorram de maneira concreta. A solicitação das câmeras na boate é algo que todos nós consideramos como essencial para que essas pessoas sejam identificadas", afirmou.
Ela ainda acrescentou que espera que a jovem, que se encontra "completamente desesperada diante de toda situação e quer voltar para o seu país o quanto antes”, seja tratada com o devido cuidado.
Segundo o relato da vítima, o abuso aconteceu na madrugada do último domingo (31) quando ela e uma amiga, que estavam de passagem pelo Rio de Janeiro e tinham como destino a Bahia, resolveram aproveitar para conhecer a cidade.
Elas foram até a boate da Lapa, onde a vítima conheceu um brasileiro. Os dois se distanciaram para um lugar mais reservado do local, e foi nesse momento que o abuso aconteceu.
A jovem afirma que foi estuprada por um número de homens que nem conseguiu contar e que chegou a perder a consciência, mas não sabe se foi dopada.
Ainda de acordo com a vítima, ela não teve qualquer assistência dos seguranças da boate. “Contou que acionou imediatamente os seguranças da boate e insistiu para que chamassem a polícia, mas encontrou dificuldade em ter o pedido atendido. Daí, a jovem ficou completamente desnorteada junto com a amiga, sem saber o que fazer”, contou a deputada Renata à CNN.
Em nota, a Polícia Civil afirmou que está investigando o caso e vai pedir as câmeras de segurança do local, além de realizar outros procedimentos de investigação.
A casa noturna também se pronunciou e disse que está ciente do ocorrido e que os responsáveis pelo local chegaram a acolher a vítima. “Como uma casa LGBTQIA+, estamos e estaremos sempre empenhados em lutar pelos direitos das minorias e das mulheres. Estamos aqui para oferecer todo o apoio e colaboração possível”, diz o comunicado.