VIOLÊNCIA

Médico militar espanca esposa e fuzila porteiro à queima-roupa em Recife, diz jornalista

Ginecologista, Carlos Frederico Cabral da Silveira consta como signatário do manifesto pró-cloroquina feito por médicos apoiadores de Bolsonaro durante a pandemia.

Carlos Frederico Cabral da Silveira e a sacada de um dos apartamentos de edifício no Recife, onde agrediu a esposa.Créditos: Blog Ricardo Antunes
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Major na reserva da Polícia Militar de Pernambuco, o médico ginecologista Carlos Frederico Cabral da Silveira protagonizou uma tragédia em bairro de classe alta de Recife, em Pernambuco, na noite desta sexta-feira (16).

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Segundo informações do jornalista Ricardo Antunes, em seu blog, o médico teria espancado a esposa, a também médica Windsa Maria Leite Pinheiro, no edifício Monte Pascoal, na praia de Boa Viagem.

Bastante machucada, ela saiu do apartamento e teria se escondido em um vizinho. Foi quando o marido desceu até a entrada do edifício e perguntou ao porteiro José Washington de Santana, de 53 anos, sobre a esposa.

O funcionário do condomínio - que não teve o nome divulgado até o fechamento desta reportagem - teria dito que não viu a médica e foi fuzilado com tiros à queima-roupa.

Vizinhos chamaram a polícia, que compareceu com três viaturas do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Os agentes do Bope, então, iniciaram as negociações para que o major da reserva se entregasse.

Após Silveira se recusar, os PMs invadiram o apartamento pela janela, mas encontraram o médico já sem vida. Ele teria se matado com um tiro na cabeça.

Windsa foi socorrida e está internada com fraturas nos ossos do rosto e vários hematomas do corpo. 

O nome de Carlos Frederico Cabral da Silveira consta como signatário do manifesto de médicos apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) que durante a pandemia queriam receitar cloroquina e ivermectina aos pacientes.

Busque ajuda

A Fórum tem a política de ser transparente com seus leitores, publicando casos de suicídio e fazendo alerta sobre a necessidade de se buscar ajuda em casos que possam levar a pessoa a tirar a própria vida.

De 2010 a 2019 no Brasil, foram registradas 112.230 mortes por suicídio. Durante esse período, houve um aumento de 43% no número de vítimas por ano, passando de 9.454 em 2010 para 13.523 em 2019, conforme apontam os dados disponíveis no Ministério da Saúde.

Os principais sintomas que indicam um quadro depressivo, segundo o Ministério da Saúde, incluem:

  • Redução do interesse sexual;
  • Insônia ou sonolência: a insônia geralmente é intermediária ou terminal; 
  • Humor depressivo: sentimentos de tristeza, desvalorização pessoal e culpa; 
  • Retardo motor: falta de energia, preguiça ou cansaço excessivo, lentidão do pensamento, dificuldade de concentração, queixas de falta de memória, vontade e iniciativa; 
  • Dores e sintomas físicos difusos: mal-estar, cansaço, queixas digestivas, dor no peito, taquicardia e sudorese;
  • Apetite: geralmente reduzido, mas em algumas formas de depressão pode haver aumento do apetite, com maior interesse por carboidratos e doces; 

Principais canais de apoio

Em casos de ajuda ou informações, há meios acessíveis que fornecem apoio emocional e preventivo ao suicídio. Confira abaixo:

  • Centro de Valorização da Vida (CVV) – 188 (ligação gratuita).
  • CAPS e Unidades Básicas de Saúde (Saúde da Família, Postos e Centros de Saúde); 
  • UPA 24H, SAMU 192, Pronto Socorro; 

Hospitais.

*Reportagem atualizada ás 12h15 do dia 17/12/2024 após divulgação do nome do porteiro, vítima do militar