Um morador de São Vicente, no litoral paulista, foi baleado à queima-roupa por duas vezes por um policial durante abordagem no Parque Bitaru, periferia da cidade, nesta sexta-feira (9).
A ação da PM acontece no mesmo dia em que o governo Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) transferir o gabinete da Secretaria de Segurança Pública - comandado por Guilherme Derrite - para a Baixada Santista em razão do assassinato de um PM.
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Segundo Ricardo Araújo, pai do homem baleado, ele e o filho são funcionários da Prefeitura de São Vicente e estavam trabalhando na zeladoria da região juntamente com outros 16 servidores durante a abordagem policial.
Araújo contou à afiliada da Globo que o PM "desceu, pediu para que ele [meu filho] colocasse a mão na cabeça. Ele falou que não ia colocar, que estava trabalhando".
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"Como meu filho não colocou, ele agrediu meu filho. Essa agressão foi com soco. Meu filho tentou revidar, aí ele sacou a arma, deu um tiro na perna do meu filho e depois deu um tiro embaixo do braço", emendou.
As imagens mostram que o homem caiu logo após o segundo tiro.
"Ele só queria ver a pessoa com a mão na cabeça. Parecia uma questão de ego pessoal. Falei: 'por favor, não faça isso, não atira, não atira'. Não teve jeito, ele atirou no meu filho para matar", contou ainda Araújo, que ressaltou que a população não pode pagar pelos assassinatos que aconteceram contra policiais.
"A gente vê polícia na rua constantemente e isso não é ruim. Isso é muito bom à segurança da população, mas quando a gente tem policiais equilibrados, pessoas que não venham com sangue nos olhos matar inocente porque um companheiro de farda foi fuzilado", disse.
A vítima foi socorrida pelo Samu e levada ao Hospital do Vicentino. Ele permanece estável e consciente.
Veja o vídeo (CENAS FORTES).