A Polícia Federal abriu inquérito para investigar o laudo fajuto divulgado por Pablo Marçal (PRTB) para acusar Guilherme Boulos (PSOL) de uso de cocaína.
A investigação foi aberta com base em representação feita pela campanha de Boulos após a divulgação da mentira deslavada pelo ex-coach na noite desta sexta-feira (4), antevéspera do primeiro turno das eleições municipais.
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Agentes da PF já obtiveram prints e cópias das publicações feitas por Marçal, que foram derrubadas das redes sociais por determinação da Justiça Eleitoral.
Tanto o ex-coach, quanto o dono da Clínica Mais Consultas, Luiz Teixeira da Silva Junior, serão intimados para prestar depoimentos.
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Silva Junior tem uma extensa ficha criminal e chegou a ser preso, juntamente com a esposa Liliane Bernardo Rios da Silva, em uma megaoperação da polícia civil sobre um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro de hospitais no interior de São Paulo.
Liliane, que foi condenada em 2017 por uso de documento falso, teria ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Segundo informações do jornal O Estado de S.Paulo, em 2017, o então ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Felix Fischer, ao negar um habeas corpus citou trecho de investigação da PF que fala do elo de Liliane com o PCC.
“Já a petição de folhas 731 traz aos autos documento, cuja juntada defiro, do qual se infere que pessoa identificada como ‘Kaio’ revela a pessoa identificada como ‘Toninho’ que a ré Liliane Bernardo Rios da Silva teria ligação com o PCC e estaria tramando o assassinato de pessoa identificada como ‘Leda’. Trata-se da ligação n° 20 de interceptação realizada pela Polícia Federal”, citou Fischer.
Ainda segundo o Estadão, a Clínica Mais Consulta, cujo papel timbrado foi usado no laudo - embora o médico que assine, morto em 2021, nunca tenha trabalhado lá - está fechada há cerca de três anos.