ELEIÇÕES 2024

Laudo forjado: PF investiga Marçal; esposa do dono da clínica teria ligação com PCC

Esposa de Luiz Teixeira, Liliane Bernardo Rios da Silva foi condenada por uso de documento falso. Em HC, ministro do STJ citou investigação da PF que diz que ela "teria ligação com o PCC e estaria tramando o assassinato"

Liliane Bernardo e o marido, Luiz Teixeira, com Pablo Marçal.Créditos: Reprodução
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A Polícia Federal abriu inquérito para investigar o laudo fajuto divulgado por Pablo Marçal (PRTB) para acusar Guilherme Boulos (PSOL) de uso de cocaína.

A investigação foi aberta com base em representação feita pela campanha de Boulos após a divulgação da mentira deslavada pelo ex-coach na noite desta sexta-feira (4), antevéspera do primeiro turno das eleições municipais.

Agentes da PF já obtiveram prints e cópias das publicações feitas por Marçal, que foram derrubadas das redes sociais por determinação da Justiça Eleitoral.

Tanto o ex-coach, quanto o dono da Clínica Mais Consultas, Luiz Teixeira da Silva Junior, serão intimados para prestar depoimentos.

Silva Junior tem uma extensa ficha criminal e chegou a ser preso, juntamente com a esposa Liliane Bernardo Rios da Silva, em uma megaoperação da polícia civil sobre um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro de hospitais no interior de São Paulo.

Liliane, que foi condenada em 2017 por uso de documento falso, teria ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

Segundo informações do jornal O Estado de S.Paulo, em 2017,  o então ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Felix Fischer, ao negar um habeas corpus citou trecho de investigação da PF que fala do elo de Liliane com o PCC.

“Já a petição de folhas 731 traz aos autos documento, cuja juntada defiro, do qual se infere que pessoa identificada como ‘Kaio’ revela a pessoa identificada como ‘Toninho’ que a ré Liliane Bernardo Rios da Silva teria ligação com o PCC e estaria tramando o assassinato de pessoa identificada como ‘Leda’. Trata-se da ligação n° 20 de interceptação realizada pela Polícia Federal”, citou Fischer.

Ainda segundo o Estadão, a Clínica Mais Consulta, cujo papel timbrado foi usado no laudo - embora o médico que assine, morto em 2021, nunca tenha trabalhado lá - está fechada há cerca de três anos.