As filhas do médico hemotologista José Roberto de Souza, que morreu de Covid em 2022 e foi usado por Pablo Marçal (PRTB) no laudo fajuto para acusar Guilherme Boulos (PSOL) de uso de cocaína, vão processar o ex-coach
Analista de sistemas, acamada por ser portadora de esclerose múltipla, Carla Maria de Oliveira e Souza, contou ao jornal O Globo que foi acordada às 3h30 deste sábado (5) por um oficial de Justiça para conferir se a assinatura que constava no laudo falsificado era do pai dela.
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“Essa assinatura nunca foi do meu pai. Ele nunca se envolveria nesse tipo de coisa”, disse a analista, que mora em Valinhos, no interior paulista, a jornalista Malu Gaspar.
Segundo ela, José Roberto nunca atendeu em São Paulo e sempre atuou em Campinas, sendo que nos últimos anos trabalhou no hospital da Puc.
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Ela afirmou que vai processar Marçal e Luiz Teixeira da Silva Junior, dono da Clínica Mais Consultas, que auxiliou na farsa. Segundo ela, o pai nunca atuou na citada clínica do criminoso, que foi preso por corrupção e foi condenado por falsificar um diploma médico.
“Esse documento não faz nem sentido”, disse ela. “No cabeçalho está escrito receituário. Receituário de quê? Ele não está receitando nada. Também não tem carimbo e erros grosseiros de ortografia”, emendou ao jornal O Globo.
Ela tem outros quatro irmãos. Uma delas, Aline Garcia de Souza, também se manifestou em vídeo nas redes sociais dizendo que a assinatura que consta no laudo forjado não é a de seu pai.
"Aconteceu uma coisa um tanto quanto absurda no meio dessas campanhas políticas. Não sei o por que e em qual contexto foi usado o nome e o CRM [registro profissional] do meu pai pelo Pablo Marçal. A questão é muito grave, não sei até que ponto e por que usar a identidade de uma pessoa que nem está aqui", disse ela..
"As coisas estão começando a ser apuradas. Mas quero esclarecer aqui que o meu pai jamais trabalhou nesta clínica que foi divulgada", emendou.