Um vídeo de uma empresária xingando e cuspindo no rosto de um motorista de aplicativo viralizou na internet nessa semana. O caso, registrado na última sexta-feira (18), em Goiânia, aconteceu durante a finalização da viagem, quando a passageira e o trabalhador discutiram sobre o troco.
Giovana Ogando, sócia de uma cafeteria em Goiânia, perguntou a Luiz Antônio de Oliveira, de 48 anos, motorista de aplicativo que realizou sua corrida, se ele teria R$ 30 de troco para lhe dar.
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Ao responder que não possuía o valor trocado em notas, Giovana responde que não pagará a viagem e atribuirá o valor devido à próxima corrida que realizar. No entanto, Luiz disse não aceitar essa funcionalidade que aplicativos de corridas rápidos comumente disponibilizam, orientando-a a solicitar outro carro.
De acordo com ele, a conduta de Giovana pareceu ser duvidosa, uma vez que a passageira escolheu a opção de pagamento em dinheiro, ao invés de vincular ao aplicativo, podendo sugerir má fé, com a intenção de não realizar o pagamento de fato.
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A empresa Uber penaliza os passageiros que não realizam o pagamento do valor que fica debitado para a próxima viagem. A pessoa fica impossibilitada de pedir outra viagem em seu perfil até que realize o pagamento atrasado.
Após a negativa de troco do motorista e sua orientação, a passageira o ofende chamando-o de “filho da p*” e cospe no rosto do trabalhador. O motorista se revolta e tenta revidar o cuspe, enquanto Giovana desembarca e grita: “O que é isso? Abusado”.
"Tem muita gente boa, mas tem gente que quer humilhar porque a gente é motorista de aplicativo e eles acham que pode fazer tudo o que querem", desabafou Luiz ao portal G1.
O caso repercutiu na internet e os internautas identificaram o perfil de Giovana, que se pronunciou através de um vídeo em sua rede social. Ela menciona que “seres humanos são passíveis de errar” e se refere ao ocorrido como “uma situação infeliz”.
"Foi uma situação extremamente infeliz, uma provocação mútua na qual eu perdi a razão [...]. Foi uma troca de violências recíprocas", disse Giovanna.
Ela ainda menciona as agressões teriam sido mútuas, afirmando que foi ela quem mais perdeu a razão e admitindo ter “se arrependido instantaneamente”, além de se sentir envergonhada pela sua atitude.
“O que acontece entre duas pessoas que se desentendem, muitas vezes tem mais a ver com o que as pessoas estão vivendo antes daquilo. Tenho certeza que ele também estava tendo um dia muito difícil para ter aquela atitude grosseira”, diz Giovana.
Ela também enviou uma nota ao Portal 6, onde destaca a falta de comunicação entre passageiro–aplicativo–motorista e explica, novamente, o acontecido.
"Entendemos que ouve uma falta de transparência entre a plataforma, o motorista e a cliente, pois ao cliente apareceu a opção pagamento por dinheiro e na ausência de troco a opção de pagamento posterior, mas o motorista, entretanto, além de dizer que não trabalhava dessa forma, puxou o freio de mão de forma brusca e mandou que as passageiras descessem. Entendo que tive uma reação exagerada ao cuspir no motorista, sobre essa atitude isso me arrependo profundamente", diz parte da nota.
A empresa Uber se pronunciou dizendo que lamenta a situação e afirma ter suspendido as contas de Luiz e Giovana para que o caso fosse apurado.
“Esperamos que motoristas parceiros e usuários não se envolvam em brigas e discussões e que contatem imediatamente as autoridades policiais sempre que se sentirem ameaçados ou entenderem estar sendo vítimas de ações ilegais, como fraudes ou golpes”, diz o comunicado.