CRIME ORGANIZADO

Pastores do PCC: grupo evangélico do crime organizado movimentou mais de R$ 200 milhões

R$ 23 mi oriundos do tráfico serviram para abrir igrejas em São Paulo e Rio Grande do Norte

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Segundo o Ministério Público do Rio Grande do Norte, um núcleo de pastores evangélicos infiltrados no Primeiro Comando da Capital (PCC) movimentou mais de R$ 206 milhões de reais ao longo de quase 20 anos.

Uma investigação do órgão em parceria com a polícia publicada pelo colunista Josmar Jozino, do UOL, mostrou que o líder do grupo evangélico dentro do PCC é Valdeci Alves dos Santos, 51, o Colorido.

Valdeci era um líder de um setor que investiu fortemente em igrejas evangélicas. Foram R$ 23 milhões destinados à construção de templos petencostais em São Paulo e no Rio Grande do Norte.

Além disso, o dinheiro foi lavado na compra de rebanhos de gado, fazendas, imóveis e outros investimentos que serviam de fachada para a organização criminosa.

Ele já havia sido preso por ligação com o crime organizado, mas fugiu em 2014. Ele foi capturado em 2022 pelas autoridades de Pernambuco.

Uma investigação foi feita e chegou a uma lista de 215 contas bancárias que movimentaram mais de R$ 206 milhões de reais entre 2003 e 2021.

Um aliado de Valdeci, que morava na cidade de Jardim das Piranhas, em Pernambuco, movimentou mais de R$ 39 milhões nessas contas bancárias.

Ele usava uma rede de laranjas com familiares, incluindo um de seus sobrinhos, que era gari, para fazer movimentações milionárias. O jovem tinha 49 contas em 23 bancos diferentes.

Em 2018, uma investigação da Polícia Federal mostrou que o PCC usava uma igreja evangélica em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, para lavar dinheiro.

Em fevereiro de 2023, um casal de pastores foi preso pela Polícia por lavar dinheiro para a organização criminosa em sua igreja.

Com informações de Metrópoles e Josmar Jozino, do UOL.