De acordo com investigação da Polícia Federal (PF), funcionários da área restrita do maior aeroporto internacional do Brasil, em Guarulhos, na Grande São Paulo, recebiam do Primeiro Comando da Capital (PCC) uma média de R$ 30 mil por cada bagagem com cocaína despachada para Europa.
São funcionários de baixa remuneração, com salário de R$ 2 mil mensais. O valor pago pelo PCC equivale a mais de um ano de salário deles.
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A PF investiga o esquema de cooptação de profissionais terceirizados do aeroporto pela facção criminosa para facilitar o envio de drogas para o continente europeu.
Em alguns casos, eram despachadas bagagens suficientes para o prestador de serviço ganhar, em um único dia, o equivalente a dez anos de salário.
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“É fácil para cooptar esses funcionários. São pessoas simples, que ganham mal”, diz uma das fontes a par da investigação, ouvida sob condição de anonimato pelo Metrópoles.
Brasileiras presas na Alemanha
O esquema veio à tona, no fim de semana, por conta do caso de Jeanne Cristina Paolini Pinho e Kátyna Baía, as duas passageiras de Goiânia (GO) que tiveram as bagagens trocadas por malas com cocaína e foram presas por tráfico internacional de drogas em Frankfurt, na Alemanha, em 5 de março.
As malas das duas foram despachadas no Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, mas as etiquetas das bagagens foram trocadas no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Cada uma tinha cerca de 20 quilos de cocaína.
As brasileiras foram soltas da prisão na Alemanha nessa terça-feira (11), após a PF comprovar o esquema. Seis funcionários suspeitos de atuarem na quadrilha já foram presos em Guarulhos. Eles aparecem em imagens do circuito interno trocando as etiquetas das malas ou dando cobertura à prática.
As bagagens originais das passageiras ainda não foram encontradas.
Com informações do Metrópoles