PRISÃO À VISTA?

Depois de xenofobia, vereador gaúcho na mira da PF por ligar, sem provas, ministro do STF a pedofilia

A pedido do ministro Flávio Dino, Sandro Fantinel será incluído nos inquéritos das fake news e atos antidemocráticos

Créditos: Câmara de Caxias - Sandro Fantinel, cada vez mais enrolado
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O ministro da Justiça, Flávio Dino, pediu nesta terça-feira (7) que a Polícia Federal (PF) inclua o vereador gaúcho Sandro Fantinel nos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos. Depois da fala xenofóbica sobre trabalhadores baianos resgatados em situação de escravidão moderna, agora ele terá que prestar explicações por ter associado, sem provas, um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) ao crime de pedofilia.

Durante uma sessão ordinária na Câmara Municipal de Caxias do Sul, em 17 de novembro do ano passado, o vereador afirmou: "Um ministro do Supremo Tribunal Federal participou de uma orgia com crianças fora do Brasil. Como um cara desse vai permitir que sejam criadas leis mais severas para quem comete esse crime aqui dentro? A vergonha começa lá em cima".

O vereador de Caxias do Sul (RS), já foi expulso do partido, o Patriotas, encara um processo de cassação aberto pela casa legislativa do município por declaração xenófoba contra baianos vítimas do trabalho análogo à escravidão e agora virou alvo da PF. 

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) já ajuizou uma ação civil pública pedindo que o vereador pague uma indenização de R$ 300 mil pelas falas. Mais de 200 trabalhadores foram resgatados.