Cinthia da Silva Barbosa, 37 anos, ex-jogadora de basquete e professora de educação física, foi a heroína do dia. Com muita coragem e rapidez incomum, ela imobilizou o aluno que matou uma professora e feriu outras quatro pessoas nesta segunda-feira (27), na escola estadual na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo.
As câmeras de segurança da escola registraram o momento exato em que Cinthia consegue imobilizar o estudante. Ela forçou o braço dele para baixo e agarrou o seu pescoço, dando um golpe conhecido como mata-leão, técnica de estrangulamento utilizada em modalidades como judô e jiu-jitsu. Logo a seguir, outra professora retira a faca das mãos do garoto e remove a sua máscara.
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“Eu não pensei. Eu simplesmente agi, tentei imobilizar o adolescente, sem causar maiores ferimentos, mais do que estava acontecendo com a professora ali. Creio que foi o espírito de proteção, de ver a colega de trabalho ali”, disse Cinthia em entrevista à Band.
"Ato heróico"
O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, chamou a ação de Cinthia de “ato heroico”.
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“Não fosse a atuação dessa professora, essa ação teria sido muito pior”, disse ele, em frente à escola, na manhã dessa segunda.
Cinthia, que é professora da rede estadual de ensino desde 2028, completou dois anos de trabalho na escola Thomázia Montoro em março deste ano. De acordo com dados do Portal da Transparência do estado, o salário líquido dela é de R$ 3.971,37.
Cinthia foi atleta da equipe feminina do prestigiado time BCN, de Osasco, no início dos anos 2000, por onde também já passou a campeã mundial e medalhista olímpica Magic Paula.
Ela também acumula a função de personal trainer de uma rede de academias de São Paulo. Atualmente, é integrante do Instituto Superação, ONG voltada para promover os valores do esporte por meio do ensino.
A organização tem um acordo de cooperação com as secretarias estaduais de Educação de São Paulo e Minas Gerais para atuar em parceria com escolas públicas, sendo uma delas a Thomázia Montoro. Concursada, Cinthia atua com dedicação exclusiva no colégio estadual.
Com informações do Metrópoles