A Polícia Civil de São Paulo já sabe que o adolescente de 13 anos que matou uma professora a facadas na escola estadual Thomazia Montoro, na Zona Oeste de São Paulo tinha um comportamento bastante mórbido nas redes sociais. Ele usava uma identidade formada por uma sequência de número e pela palavra Taucci, o sobrenome do jovem de 17 anos, Guilherme, que em 2019 matou sete pessoas, entre alunos e funcionários, numa escola pública de Suzano (SP), além de um tio, junto com um comparsa, Luiz Henrique, de 25 anos. Os dois morreram na ação.
O que chamou a atenção dos investigadores igualmente na ocorrência desta segunda-feira (27) foi o uso de uma balaclava com a gravura de uma caveira pelo adolescente agressor, um artigo macabro também usado pelos atiradores de Suzano e pelo menor de 16 anos que matou três pessoas e deixou outras 11 feridas, a tiros, em novembro do ano passado, na cidade Aracruz (ES).
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Como esse item é usado por grupos supremacistas brancos da extrema direita dos EUA e foi utilizado por outros assassinos jovens em ataques a escolas brasileiras, os policiais têm certeza de que o aluno de 13 anos que matou a professora Elisabete Tenreiro, de 71, vinha planejando a ação ocorrida nesta manhã e era influenciado por outros protagonistas de ataques do tipo.
Em fevereiro deste ano, quando o jovem ainda estudava na escola estadual José Roberto Pacheco, em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, uma funcionária de lá registrou um boletim de ocorrência denunciando o comportamento violento e ameaçador do adolescente, que estaria gravando vídeos e os publicando nas redes sociais, com uma arma de fogo, afirmando que faria um massacre. Ele acabou sendo saindo dessa unidade de ensino e foi matriculado na Thomazia Montoro.
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Um trecho do boletim de ocorrência de fevereiro diz que “o aluno encaminhou mensagens e fotos de armas aos demais alunos por WhatsApp, e alguns pais estão se sentindo acuados e amedrontados com tais mensagens e fotos”, o que acabou sendo confirmado pelo secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, que salientou que a transferência do aluno de escola foi em decorrência de seu perfil violento.