Nesta segunda-feira (16), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, assinou uma portaria que destina R$ 225 milhões aos municípios do Amazonas. O estado, atualmente, passa por uma grave crise climática, afetando a população com secas e queimadas.
Serão R$ 102,3 milhões enviados em parcela única aos municípios e outros R$ 122,7 milhões incorporados ao teto de média e alta complexidade do estado.
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O Ministério da Saúde afirma que os recursos visam reconstruir e ampliar a estrutura do SUS no estado, com o objetivo de reduzir os vazios assistenciais que se agravaram nos últimos anos, bem como ajudar no enfrentamento à seca na região
Nísia Trindade, no ato de assinatura da portaria, realizado na capital Manaus (AM), afirmou que “há aqui uma equipe da nossa Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente olhando exatamente os efeitos da questão ambiental em relação a doenças e outros impactos para a saúde por problemas de desassistência que podem ocorrer com esses fenômenos”.
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Na última semana, o Ministério da Saúde enviou para o estado do Amazonas sete kits calamidade, com capacidade de atender 10,5 mil pessoas por até um mês, e mais 71,5 mil unidades de medicamentos para intubação orotraqueal (IOT).
Crise no Amazonas
Em setembro, o Amazonas decretou estado de emergência em 55 dos seus 62 municípios devido à seca pela qual passa a região.
Wilson Lima (União Brasil), governador do estado, descreveu essa como “a pior seca da história” da região. A calamidade afeta o bioma da Amazônia, causando a estiagem de rios, morte de peixes e falta de água e comida para a população.
Como consequência da seca histórica, e também do aumento no número de queimadas, a capital Manaus registrou níveis de qualidade do ar que tornaram a cidade a segunda pior do mundo para respirar, segundo World Air Quality Index, base de dados que monitora a qualidade do ar em nível global.
Para a população de cidades que tiveram o céu coberto por fumaça, o Ministério da Saúde recomendou manter os ambientes umidificados e ventilados, aumentar a ingestão de água para hidratação, evitar exposição e atividades físicas em locais abertos e usar máscara ao ar livre, bem como lavar mãos e rosto e fechar portas e janelas para que a fumaça não entre.